LIVROS: "O Infinito na Palma da Mão"
A teoria do Big Bang ou do início do presente universo por uma grande explosão pode ser perigosa: explosões não controladas podem causar grandes sofrimentos.O início só parece muito importante quando se "reificam" os fenómenos: " Os fenómenos (seres, etc.) são desprovidos de existência autónoma e permanente. ...«Os fenómenos (seres, etc.) retiram a sua natureza de uma mútua dependência. Não são nada em si mesmos.» A sua evolução não é nem arbitrária nem determinada por uma instância divina, mas segue as leis da causa e efeito no seio de uma interdependência global, de uma causalidade recíproca... A inteligência tem os seus limites e não pode captar a natureza da realidade através de simples conceitos. Só um conhecimento directo (contemplativo, observando e analisando com todos os sentidos), que transcende o pensamento discursivo pode apreender a natureza do mundo dos fenómenos sob uma forma não dual, no qual as noções de sujeito e de objecto ... não têm qualquer significado... Esta interdependência inclui, naturalmente, a consciência. Compreender isto tem imensas repercursões sobre a nossa concepção da existência, sobre a nossa felicidade e sobre o nosso sofrimento. Conceber as interacções efémeras(passageiras) dos fenómenos (seres) como entidades permanentes é exactamente a causa da nossa crença inveterada na noção de um «eu» (e, não adianta muito a separação entre eu e ego, que em última análise são um só, ou têm de o ser!) e no facto de as coisas possuirem propriedades intrínsecas. Esta solidificação justifica as miríades de impulsos de atracção e de rejeição que estão na origem dos nossos tormentos. Cria-se um contraste entre a forma como as coisas nos aparecem e o que as coisas verdadeiramente são. Assim, a concepção do «eu» (ou ego) não é senão um desvio momentâneo do espírito (desvio fatal, digo eu). Mas, sabendo que os fenómenos não existem, a não ser de um modo efémero e interdependente, não nos ligamos da mesma maneira. Libertamo-nos do erro. É por isso que o conhecimento (da verdade) é libertador. Aquilo a que chamamos nirvana outra coisa não é do que o esgotamento dos pensamentos da inteligência desencaminhada...) " (pgs. 30, 41, 42, 45, 46 de: O INFINITO NA PALMA DA MÃO, de Mathieu Ricard e Trinh Xuan Thuan, da casa das letras)
Reificar: tornar coisa, coisificar, petrificar, separar, isolar, tornar rei...
Nunca te penses separado,
Muito menos te imagines
Superior ou inferiorizado:
Somos interdependentes, Sines!
Mas , a evolução existe, e, o divino, o sublime, o melhor também! E, são a VERDADE!!
O caminho para o prazer
é portanto o da Verdade
conhecer com integridade,
justiça estabelecer.
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