Wednesday, 7 January 2009

Processo de Grácia (Fernandes)Lopes

Inquisição de Evora
Maço 873 Doc. 8504
1663

2504

P. 14 de Novembro de 1662



Os inquisidores apostólicos contra a herética pravidade e apostasia nesta cidade de Évora e seu distrito... Mandamos a qualquer familiar, ou oficial do Santo Ofício, que onde quer que se achar Grácia Fernandes e filha? De Manuel Fernandes ... na vila de Mora, a prendais com ... de bens por culpas que contra ela há nesta inquisição, obrigatórias a prisão; e presa e a bom recado com cama, e mais fato necessário a seu uso, e ... em dinheiro para seus alimentos, trareis e entregareis, debaixo de chave ao Alcaide dos cárceres dela. E mandamos em virtude de santa Obediência, e sob pena de excomunhão maior, e de quinhentos cruzados para as despesas do Santo Ofício, e de procedermos como mais nos parecer, a todas as pessoas, assim eclesiásticas, como seculares, de qualquer grau, dignidade, condição, e proeminência que sejam, vos não impeçam de fazer o sobredito, antes sendo por vós requeridos, vos dêem todo o favor, e ajuda; mantimentos, pousadas, camas, ferros, cadeias, cavalgaduras, barcos, e tudo o mais que for necessário, pelo preço e estado da terra. Cumpri-o assim com muita cautela, e segredo, e al não façais. Dado em Évora no Santo Ofício da Inquisição, sob nossos sinais, e selo dela.
Aos trinta e um dias de Outubro de mil e seiscentos e sessenta e dois anos.Irmão Alves? Pereira , notário
Dom João de Melo
Serrão Correia de Lacerda
(Outro nome ilegível)
pg 5
Culpas de Judaísmo que há contra Grácia Lopes, mulher de António Fernandes, natural de Mora e moradora em Montragil
Do processo de sua tia Maria Pereira
Que tem parte de cristã nova mulher
De Gaspar Pires Pinheiro talhante?
Natural de Castelo de Vide e moradora no
Vimieiro, a qual se apresentou nesta
Mesa de culpas de Judaísmo a 3 de
Agosto de 654 e depois por não satis-
Fazer foi presa nos cárceres a 4 de
Maio de 657. A treze de Agosto da
Dita era começou a confessar suas
Culpas em forma e continuando
Sua confissão antes de ser acusada
Disse desta Ré o seguinte e que tinha (50 anos feitos?)
na sessão de sua genealogia.
Aos vinte e nove do mês de Janeiro de mil e seiscentos e cinquenta e oito anos em Évora, na casa do despacho da Santa Inquisição estando aí os senhores Inquisidores e na audiência da tarde mandaram vir perante si a Maria Pereira Ré presa conteúda nestes autos e sendo presente por pedir e dizer que queria continuar sua confissão lhe foi dado juramento dos santos evangelhos em que por sua mão sob cargo do qual lhe foi mandado dizer verdade e ter segredo o que ela prometeu cumprir e entre outras coisas disse:
Que houvera quinze anos na vila de Mora em casa de sua sobrinha Grácia não sabe de que apelido usa e é filha e é filha de seu irmão Manoel Fernandes de quem disse é casada naquela vila com um tecelão de pano de cercados não sabe como se chama nem de que nação é; e aí se achou com a mesma sobrinha ambas sós e entre práticas se declararam ela confidente e a dita sua sobrinha como criam na Lei de Moisés e que por sua guarda não comiam carne de porco, lebre, nem peixe de pele e não falaram em salvação da alma e ali antes nem depois passaram mais; nem se declararam mais vezes nem se deram conta de quem as havia ensinado nem com quem mais comunicaram e se fiaram? pelo parentesco declararam e do costume disse nada; e sendo-lhe lida essa sessão e por ela ouvida e entendida disse que estava escrita na verdade, e admoestada em forma foi mandada a seu cárcere sendo-lhe primeiro lida esta sessão digo e eu notário assinei por ela de seu consentimento por não saber escrever com os ditos senhores inquisidores. André Paes Girão notário do santo ofício que o escreveu. André Paes Girão – Manoel Corte Real de Abranches – Dom Veríssimo de Lancastro.
Certifico eu notário, que os senhores inquisidores disseram que davam crédito ordinário ao que diz nesta sessão Maria Pereira; o mesmo me parece de que passei a presente que assinei com os ditos senhores – André Paes Girão, Manoel Corte Real de Abranches – Dom Veríssimo de Lancastro.
Aos vinte e nove do mês de Janeiro de mil e seiscentos e cincoenta e oito anos em Évora na casa do despacho da santa inquisição estando aí os senhores inquisidores na audiência da tarde mandaram vir perante si a Maria Pereira Ré presa conteúda nestes autos e sendo presente por pedir audiência e dizer que queria continuar sua confissão lhe foi dado juramento dos santos evangelhos em que pôs sua mão sob cargo do qual lhe foi mandado dizer verdade e Ter segredo o que ela prometeu cumprir e entre outras coisas disse:
Que houvera quinze anos na vila de Mora em casa de sua sobrinha Gracia não sabe de que apelido usa e é filha de seu irmão Manoel Fernandes

Outra culpa contra esta Ré do processo
De sua tia 2ª Mónica Fernandes cristã
Nova mulher de João Fernandes o Cação?
Natural e moradora de Fronteira
A qual foi presa por culpas de Judaísmo
Nos cárceres do santo ofício desta
Inquisição a 20 de Março de 660
Na sessão de sua genealogia disse
ter 70 anos de idade, começou a
confessar suas culpas depois de acusada?
Na 4ª sessão que com ela se teve a
29? De Setembro de 662 e disse deste Réu o seguinte:
Aos dezanove dias do mês de Setembro de mil e seiscentos e sessenta e dois anos em Évora na primeira casa da audiência da santa inquisição estando aí o senhor inquisidor Dom João de Mello em audiência da tarde mandou vir perante si a Mónica Fernandes Ré presa conteúda nestes autos por ela pedir audiência, e sendo presente disse que queria confessar suas culpas de Judaísmo, que havia cometido contra nossa santa fé católica pelo que lhe foi dado juramento dos santos evangelhos em que pôs sua mão sob cargo do qual lhe foi mandado dizer verdade e ter segredo, o que ela prometeu cumprir, e entre outras coisas disse:

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