Tuesday, 19 May 2009
Agrupamento de escolas de Montargil
(Entrevista de «aponte» de Maio de 2009, ao Prof. Manuel Martins)
Quais os principais problemas que diagnostica na sua escola?
De acordo com os diferentes documentos internos do Agrupamento, bem como da análise realizada a partir de inquéritos a alunos, professores, funcionários e encarregados de educação, foram diagnosticados os seguintes problemas específicos do A. De Montargil:
-Insucesso escolar elevado ao nível do Inglês do 3º ciclo e da Matemática dos 2º e 3º ciclos;
-Elevado número de alunos com baixas expectativas relativamente ao futuro, apresentando pouca ambição a nível profissional, o que se reflecte nas tarefas escolares;
-Baixa participação, de um número significativo de encarregados de educação de educação, no acompanhamento escolar dos seus educandos;
Que estratégia pretende implementar caso seja eleito director?
-Implementar a Escola a tempo inteiro ao nível do 1º ciclo, proporcionando aos alunos diferentes ofertas nas actividades de enriquecimento curricular (Inglês, Ensino da Música, Actividade Física e Desportiva e outras), estabelecendo protocolos com as Autarquias locais para a sua concretização;
-Implementar o funcionamentodos cursos CEF, como estratégia credível para o combate ao insucesso e abandono escolares, criando ofertas educativas diferenciadas para os nossos alunos;
-Concretizar o Plano da Acção para a Matemática e do Plano Nacional da Leitura;
-Afirmar o Centro Novas Oportunidades de Montargil.
Qual o papel que a sua escola deve desempenhar no seu concelho?
O Concelho de Ponte de Sôr, principalmente na última década, tem-se afirmado como um dos pólos de maior desenvolvimento do Alentejo. O Agrupamento de Escolas de Montragil não quer nem pode estar dissociado desse desenvolvimento. Como Instituição de Educação e Formação de jovens e adultos, o A. Pretende garantir aos alunos que o frequentam, à comunidade que dela faz parte e à população em geral que serve, um Ensino de Qualidade, facilitador de aprendizagens e onde quer os que nela aprendem, quer os que nela ensinam, sintam que a sua Missão, contribuirá no futuro, para um Concelho e um Portugal mais desenvolvido e democrático, conduzindo a população a uma melhor qualidade de vida.
Comentário
O comentário que se segue não visa tanto o Prof. M. Martins e o jornal aponte, como o «sub-sistema educativo» que, efectivamente, não só parece não ter melhorado desde os tempos em que éramos basicamente alunos, como até terá piorado.
Assim:
i) Se matemática e português são mais importantes, não se percebe porque não se põem as restantes disciplinas ao serviço destas, todas em pé de igualdade…
ii) Continua-se a dar mais importância ao futuro do que ao presente; quanto à história local, continua praticamente a ser ignorada!
iii) Continua a dar-se mais valor à competição do que à cooperação…
iv) As escolas comerciais e industriais e os laboratórios, eminentemente práticos, ao invés de terem sido alargadas à saúde, à cozinha, à agricultura, etc. e “puxados” para idades cada vez mais baixas… Quase que foram extintas(os)!
v) As filosofias orientais continuam a ser tabu nas nossas escolas. E isto para quem andou mais de quinhentos anos no Oriente!!
vi) Os «segredos profissionais» continuam a não ser ensinados na escola.
vii) A «matemática sagrada» continua também a ser tabu nas escolas. A quem interessa, por exemplo, investigar que “Os tamanhos e as órbitras dos corpos celestes foram projectados pela Consciência de Deus?” – In: pg. 73 de: A Cabala da Astrologia –A linguagem do Número, de William Eisen, da Madras?
viii) …
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