Wednesday, 10 February 2010

Sermos achados

Um velho aqui, uma nova ali...
Não há diferença. Só uma coisa
interessa: não seres estúpido, na verdade
estares e na justiça e na serenidade.
Mas, não encontrando a Coisa,
cultivas a fé, o ideal...
Geradores da violência e do mal.
A verdade é viva e nunca igual
a cada momento; já código de conduta
é rigidez mecânica de filho do puta,
de cretino.
Que estupidez, a insistência
no conhecimento da origem pela ciência
e não só, quando nada nem ninguém tem
princípio, nem fim também!
Mas, claro, a descoberta, a originalidade
são quase tudo: a imitação nada vale!
Rituais sagrados, preces e orações,
cessação de todo o desejo, padrões,
controle dos pensamentos, sublimação das paixões,
disciplina, tortura do corpo, abstenções...
Tudo esforços mentais... e... encontro,
por degraus, da Coisa... algures lá bem longe,
lá bem fundo?
Mas, não temos muito mais de ser achados
do que de achar, pelas íntimas e públicas flores,
belezas e amores?...

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