Thursday, 11 February 2010

VERA INTELIGÊNCIA

A base da meditação
é a integração,
a integridade, a virtude,
que é ordem, ordenação.
Mas, virtude sem ambição,
sem inveja, sem competição,
sem hábito, sem prática,
sem rotinas. Virtude
bela, viva, criativa,
não mecanização.
Ser virtuoso,
íntegro é desordem
interior, contradição
profunda conhecer.
Ódio sentirmos por alguém
e pensarmos que outros amamos?
Eis, aqui está o princípio da desordem!
E, é na raiz que a secamos!
Medos, desejos veementes e insaciáveis,
enganando e tiranizando?
Por amor de Deus: não continuemos
a fugir, a ignorar!
E, como vencermos a desordem em nós
e fora de nós, a não ser em contacto com ela,
observando-a muito bem, com toda a seriedade?
Enquanto negarmos a sua existência,
enquanto encontrarmos razões para ela,
enquanto culparmos outros pela nossa própria desordem,
como poderemos ultrapassá-la? Não podemos, não é?
Mas, no mui sincero reconhecimento e recusa da desordem
triunfa a ORDEM, que é VIRTUDE.
Também a ordem não é algo que «decidamos» estabelecer.
E, Ordem é a verdadeira BELEZA, não a de uma mulher bela,
a de um nascer do sol belíssimo... Mas,a BELEZA profundíssima
da não confusão, da total clareza mental!
Mas, tão pouco pode haver ordem sem a total
ausência do «eu»: com eu não há MEDITAÇÃO!
Quem é a pessoa mais inteligente? A de maior Q.I. (quociente intelectual),
de pensamento mais tortuoso e rápido? De modo algum! Hitler tinha esse
pensamento e ía destruindo tudo! E, nem mesmo o grande pensamento não tortuoso,
dito até bondoso, é suficiente, pois, o pensamento nunca é NOVO.
Somos Semente: se não nos semearmos e morrermos a cada momento, por mais
e melhor pensamento que houver ele é sempre re-conhecimento, "déjà vu",
uma espécie de continuidade, mas, isso é a verdadeira morte e tédio,
nunca uma grande e vera inteligência!
Morrer portanto continuamente para todo o conhecido, toda a lembrança,
todo o passado é que é a verdadeira inteligência, um enorme Q. I., a vera VIDA
e ORIGINALIDADE!!

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