Thursday, 31 December 2009

Porque há-de existir em nós, nem que seja só por um segundo, o tumulto, a confusão, a luta, a escuridão? Quando tudo isto cessa então há Deus, a Luz, o Paraíso... Sem os procurarmos, não é?

O mesmo com a estupidez e a inteligência: temos de ver muito completa, profunda e totalmente como somos por vezes
estúpidos, não de trabalharmos e nos esforçarmos muito para sermos inteligentes, o que é estupidez ainda, para então a estupidez findar e ficarmos verdadeiramente inteligentes, a fim de compreendermos, p.e. (por exemplo), de uma vez por todas, que o prazer/dor arruina e é sempre mais dor do que prazer, coisa que não acontece de modo algum com a alegria\gozo do paraíso, de Deus, e, que, o que transforma o mundo em paraíso é tão somente vivermos o mundo mas sem nos identificarmos com ele.

Com a mente em silêncio, quieta, profundamente em paz, sem vaidade, ambição, acumulação, fugas pela arte, música, comida, bebida, sexo... Sem projeções no futuro, querendo alguma coisa... Então o Desconhecido, Deus torna-se real, VEM. Ele(a) só vêm quando o campo está em condições, quando o solo está preparado, mas se nós nos preparamos PARA QUE o Desconhecido venha, então não O chegaremos a ter.
A Intenção

Efetivamente o estilo de pouco importa na acção ao fim do sofrimento: a intenção é quase tudo.
Depois há os que tentam justificar os abusos ou a dor que infligem aos demais seres pelas desgraças/sofrimentos que têm/tiveram...
Mas, também existem, sempre existiram, e não são assim tão poucos(as), os suportes do mundo, do universo... os que genuinamente buscam a verdade, a afeição e a justiça.

Wednesday, 30 December 2009

A Grande pergunta

O que é o eu, a consciência?
É o produto do movimento do nosso pensamento, certo?
E a morte, o que é? O fim deste pensamento, ou a sua continuidade
em vida próxima?
Se for o fim do pensamento, poderá este realizar-se enquanto vivemos?

Poderemos viver, no dia a dia, cada um no seu lugar, sem o «eu» da identificação
com o nosso nome, a nossa família, o nosso corpo, o nosso clube, os nossos cheiros, a nossa língua, a nossa religião,o nosso partido, a nossa ocupação, os nossos sabores, o nosso salvador(a), as nossas músicas, a nossa casa, o nosso transporte, o nosso emprego, as nossas caras?...
Poderá o movimento do pensamento cessar enquanto estamos vivos? Esta é a pergunta, não o que vai acontecer quando morrermos, não é verdade?

O «eu», a «mente», o «espírito» não são senão um movimento do pensamento. "E o próprio pensamento é muito limitado. É um pequeno estilhaço num vasto movimento. E, na medida em que o pensamento é limitado, uma coisa estilhaçada, um fragmento, o que quer que crie será limitado, fragmentado e fragmentável. Certo? Assim, poderá o ser humano... viver(existir) sem o movimento do pensamento que é a essência do «eu»?" - Krishnamurti, in: "Será que a humanidade pode mudar?", da Dinalivro.

Aqui estamos nós, com todos os nossos problemas, medos e sofrimentos. Será que o nosso sofrimento pode terminar, de uma vez por todas?
E, qual é a origem de todas estas confusões, incertezas, inseguranças, preocupações e esforços se não o nosso «eu», o nosso «ego»?

Bem sei que nem cristianismo, nem islamismo, nem judaismo, nem outros põem a questão nestes termos... Mas, é assim que tem mesmo de ser posta, não é? A pergunta é pois: "será possível libertarmo-nos dos «eus» que produzem todo este caos (e esta dor)... exteriormente... e também interiormente?...

Poderá o pensamento cessar, de modo a que não exista para ele nenhum futuro e aquilo que começa a partir desse momento seja de uma qualidade (e quantidade) totalmente nova(s) - e não seja apenas o ínicio do fim do(s) «eu(s)», o que poderia conduzir ao seu reaparecimento posterior?

...Algumas pessoas dizem que é pela meditação, controlando, reprimindo... Algumas pessoas dizem: «Reprime, identifica o "eu" com o Supremo, o que continua a ser movimento do pensamento.» Outras dizem: «Reduz a cinzas os sentidos todos.» E fazem isso, jejuam, são capazes de tudo com esse objectivo. Então, chega alguém como eu e diz que o esforço é a própria essência do «eu». Certo? Compreendemos isto? ...como é que escuta? ... «Um esforço de qualquer espécie apenas fortalece o "eu"...

Quando comemos, comemos porque temos fome, o estômago recebe a comida, não existe a ideia de receber a comida. Assim, seremos capazes de escutar(ler)- escutar(ler)- sem a IDEIA de receber ou aceitar ou negar ou discutir, apenas escutar(ler) uma afirmação? Pode ser falsa, pode ser verdadeira, mas escutar apenas... De que modo,então, recebe ou escuta a verdade do facto de que o pensamento é a origem do «eu»? É uma ideia, uma conclusão ou é um facto absoluto, irreversível?... Está a comparar - só um minuto - e por isso deixou de escutar(ler)? Portanto, está a escutar(ler)?... O que pensa?... Mas não se está a revelar a mim e eu estou a revelar-me a si. Por isso temos uma relação através de Buda, não uma relação directa....

Portanto, quando escutamos, estarei a escutar para me identificar com aquele facto de que se está a falar, ou não existe qualquer identificação e, por isso sou capaz de escutar de um modo completamente diferente?... Estou a escutar com uma atenção total? Ou a minha mente anda a vaguear?...Conseguirei estar tão completamente presente, que só há o acto de escutar(ler)?... Quando ouço(leio, olho) desta forma, o que acontece? A verdade de que o pensamento é a essência do «eu» e de que o «eu» cria toda esta infelicidade acaba. Não tenho de meditar, não tenho de praticar, tudo isto termina, porque vejo o perigo que aí reside. Portanto, seremos capazes de escutar(ler) tão completamente de modo a que haja a ausência do «eu»? Poderei ver, observar alguma coisa sem o «eu» - aquele céu, um belo céu - e tudo o mais?

Portanto, o cessar do pensamento, que é o cessar do «eu» ou o cortar o «eu» pela raiz - uma má imagem, mas tomemo-la -, quando há uma tal atenção activa, que não cria identificação, existirá o «eu»?... Uma escuta activa implica escutar os sentidos. Certo? Para o meu paladar, por exemplo, preciso de todo o movimento sensorial. Não se pode parar os sentidos, ficaríamos paralisados. MAS, NO MOMENTO EM QUE DIGO: «QUE SABOR MARAVILHOSO, TENHO DE TER MAIS DISTO», toda a identificação começa...

Sim, a morte. Quando o «eu» termina - pode terminar, obviamente, EXCEPTO PARA OS MAIS IGNORANTES E PARA AS PESSOAS ALTAMENTE SOBRECARREGADAS COM CONHECIMENTOS, que se identificam com os conhecimentos e tudo isso. Quando o cessar do «eu» acontece, o que se passa? NÃO NO FIM DA VIDA, NÃO QUANDO O CÉREBRO SE ESTÁ A DETERIORAR, MAS QUANDO O CÉREBRO ESTÁ EXTREMAMENTE ATIVO, CALMO, VIVO. O que acontece então, quando o «eu» não está lá? Como é que descobrimos isso? Digamos que X cessou completamente o «eu», que não aparecerá mais no futuro, num outro dia qualquer, tendo cessado COMPLETAMENTE. E ele diz: «Sim, existe em mim uma actividade totalmente diferente que não é o "eu". «De que me serve isso, a mim, e a qualquer de nós? E X responde: «SIM, O "Eu" PODE TERMINAR, HÁ UM MUNDO COMPLETAMENTE DIFERENTE, NUMA OUTRA DIMENSÃO, NÃO NUMA DIMENSÃO SENSORIAL, NÃO NUMA DIMENSÃO INTELECTUALMENTE PROJECTADA, mas uma coisa totalmente DIFERENTE.» Direi que ou ele não regula bem, ou é um charlatão, ou um hipócrita, mas quero descobrir, não porque ele(ela) o diz, mas porque eu quero descobrir. Poderei eu, como ser humano, vivendo neste mundo tremendamente duro, brutal, violento, tanto económica como social e moralmente, viver sem o «eu»? Quero descobrir... Temos de pôr tudo no seu devido lugar... Por que razão hei-de obedecer ao Papa, ou ao guru, ou às escrituras ou aos políticos? Por isso tenho de descobrir qual é o lugar certo para o sexo ou o dinheiro... Como hei-de descobrir?... Como hei-de descobrir?

Tenho a chave para isso. A chave é a não identificação com a sensação. Certo?... a qual se traduz pela designação moderna de «experiência» (experienciar)... A identificação com a sensação produz o «eu». Será possível não me identificar com a sensação?... Não identificação, essa é a verdade. Se vir, de fato, essa verdade, então o sexo, o dinheiro (a segurança, a comida...) tudo tem o seu devido lugar....

Existe a verdade de que a identificação com a sensação, com isto ou aquilo, produz a estrutura do «eu». Certo? Será esta uma verdade absoluta, irreversível, apaixonante, duradoura? Ou apenas uma ideia que aceitei como verdadeira e que posso mudar amanhã? Mas isto é irreversível. Temos de ter dinheiro - e o dinheiro dá-nos liberdade, o que quisermos - sexo, se se quiser -, o dinheiro possibilita-nos viajar, dá-nos a sensção de poder, posição... vocês sabem tudo isso. PORTANTO, NÃO-IDENTIFICAÇÃO COM O DINHEIRO. PERCEBEM?... no final o desejo tem muito pouco significado. Mas isso não significa que eu seja um vegetal morto... Portanto, tendo posto tudo no seu devido lugar - não sou eu que o faço, isso acontece porque vi a verdade deste facto - tudo entra no seu devido lugar... E, então, o pensamento está no seu devido lugar...

Quando se vê alguma coisa terrivelmente perigosa [como a(o)morte] , não se retrocede ou avança, é perigoso!... Então o que é a morte? Será possível viver a vida do dia a dia com a morte, que é o cessar do «eu»?...

A partir do momento em que se tem uma percepção interior, ela acaba...

Será a morte o cessr do «eu»? Obviamente, não é no sentido habitualmente aceite da palavra «morte», porque o sangue está a circular, o cérebro trabalha, o coração bombeia e tudo o mais...

Está vivo, mas o «eu» não existe, porque NÃO HÁ IDENTIFICAÇÃO DE QUALQUER ESPÉCIE. Isto é uma coisa espantosa. A não-identificação com coisa alguma, com experiência, com crença, com país, ideias, ideais, mulher, marido, amor, nenhuma espécie de identificação. Será isso a morte? As pessoas que ouvem chamar a isso morte dizem: «Meu Deus, se eu não me identificar com alguma coisa minha ou qualquer outra coisa, eu não sou nada.» Ora elas têm medo de não ser nada e, então, identificam-se com algo Mas, o nada, que não é uma coisa, compreende? Não é uma coisa - é, por isso, um estado mental mui diferente. Ora, isso é a morte. Morte enquanto há vida...

Os nossos cérebros estão danificados... Durante milhares de anos temos sido feridos psicologicamente... E A ÚNICA COISA QUE OS PODE CURAR É ESCUTAR ATENTAMENTE. Escutar e, nesse escutar, ter a percepção interior daquilo que se diz. E, imediatamente, há uma mudança nas células cerebrais e, por conseguinte, uma completa e total ausência de identificação. Ora, será isso o AMOR?... Falo desse amor enquanto se está vivo.

... Ainda não resolvemos a questão da morte..." - Krishnamurti, na obra supra citada.




A letra D tem sua origem na escrita hierática egípcia, seu ancestral mais antigo recebeu o nome de deret (mão), quando os fenícios o adotaram o mesmo passou a se chamar daleth (porta). Os gregos, ao empregarem a letra fenícia lhe deram o nome de Delta (Δ, δ) e a forma de um triângulo. Os etruscos e os romanos também empregaram o delta e foram os responsáveis pelo desenho do D que conhecemos hoje.

Fonte: Wikipédia
- Oh não, j. não.
O Acordo Ortográfico de 8 Países de Língua Portuguesa... Em Portugal

"Os críticos defendem que ainda se vai a tempo de travar a aplicação do Acordo Ortográfico e os defensores respondem que ele já está em vigor. A nova ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas, parece partilhar as convicções do antecessor, José António Pinto Ribeiro, e diz que quanto mais depressa o aplicarmos, melhor será para afirmar a língua portuguesa no mundo. A ministra da Educação, Isabel Alçada, pede tempo para a introdução das novas regras nas escolas. Em que ficamos?

"O processo ainda pode ser parado", diz o escritor Vasco Graça Moura, um dos mais activos críticos. "Não pode avançar sem haver ratificação por todos os países. Se o objectivo é a unidade da grafia, basta que um não avance para que não faça sentido." Tal como o Governo recuou no caso da localização do novo aeroporto, também deve recuar no Acordo Ortográfico, defende. "Quem não está a aceitar isto são umas baratas tontas na CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa] que têm que arranjar um pretexto para terem alguma actividade."

"Não há nenhuma possibilidade de recuo, o acordo está em vigor", contrapõe José Mário Costa, fundador e coordenador do site Ciberdúvidas da Língua Portuguesa. Favorável ao acordo (uma posição pessoal), justifica: "O português arrisca-se a ter não duas ortografias oficiais, mas oito e isso não pode acontecer numa língua que pretenda ser universal."

O linguista António Emiliano, outro crítico, considera que a decisão do Ministério da Educação de não avançar com o acordo já em 2010 é "do mais elementar bom senso". "Desafio qualquer pessoa a aplicar o Acordo Ortográfico. As ambiguidades são tão grandes que há casos em que não sabemos o que fazer." Neste momento "ninguém sabe aplicar o acordo".

Malaca Casteleiro, também linguista e um dos responsáveis pela elaboração do acordo, lamenta a forma "desorganizada" como se está a avançar para a aplicação (depois de o Ministério da Cultura ter dito que começaria a ser aplicado em Janeiro de 2010, a ministra esclareceu que seria apenas a agência Lusa a fazê-lo), e reconhece que, como em tudo, "há sempre coisas que podem ser melhoradas". Mas "fazer uma revisão agora seria muito complicado" num acordo que envolve oito países e que "foi aprovado há quase 20 anos".

Um dos pontos mais polémicos é o das consoantes mudas (acção/ação, óptimo/ótimo, baptismo/batismo, tecto/teto) que Portugal vai abandonar, aproximando-se da forma usada no Brasil. Graça Moura e Emiliano argumentam que as consoantes mudas cumprem a função de abrir a vogal que as precede e que a sua perda altera a pronúncia. "Não se pode correr o risco de começar a pronunciar com vogais fechadas palavras como espectáculo/espetáculo ou excepção/exceção. No Brasil isso não é um problema porque eles abrem as vogais, mas nós fechamo-las", diz Graça Moura.

Malaca Casteleiro discorda totalmente. "A oralidade precede a escrita. A palavra tem uma imagem acústica e uma imagem gráfica. É a gráfica que alteramos. A acústica mantém-se igual. E há palavras em que a consoante muda não abre a vogal: é o caso de "actual"." Além disso, a questão da perda (em Portugal) das consoantes mudas era fundamental para se chegar a acordo com o Brasil. "Se não o fizéssemos, como é que íamos unificar a ortografia? Exigíamos aos brasileiros que reintroduzissem as consoantes mudas?"

Para Emiliano o problema está precisamente na suposta necessidade de um acordo. "O português europeu [a norma seguida também nos PALOP] e o do Brasil estão em processo tão acelerado de divergência que é um disparate achar que um acordo vai resolver algum problema." Este tem sido um dos principais argumentos dos opositores: a unificação da ortografia não vai ultrapassar o facto de o português de Portugal e o do Brasil serem já muito diferentes.

Para o linguista, porém, o mais grave, sobretudo para o ensino, é o facto de "o acordo falar repetidamente de facultatividade". Um exemplo: "Posso passar a escrever o meu nome como António ou Antônio, as duas formas passam a ser oficiais. Posso até escrever António numa linha e Antônio na seguinte e ninguém pode dizer que está errado."

Três Vocabulários

É por causa de o acordo deixar várias opções em aberto que todos - críticos e defensores - consideram indispensável uma ferramenta prevista no acordo e que o Brasil já tem: um Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), uma autoridade máxima que, em caso de dúvidas, seja a referência oficial da língua.

Em Portugal há o risco de confusão, dado que tudo indica que possa haver três VOLP. Um já está editado, pela Porto Editora, e foi coordenado por Malaca Casteleiro. Outro está em preparação pelo Instituto de Linguística Teórica e Computacional (ILTEC), será gratuito (foi apoiado pelo Fundo da Língua Portuguesa) e deverá estar disponível on-line no Portal da Língua Portuguesa a partir de 4 de Janeiro (150 mil palavras para já, enquanto um dicionário de nomes próprios, outro de gentílicos e topónimos e um conversor, e mais 50 mil palavras serão acrescentadas até Março). E um terceiro está a ser elaborado pela Academia das Ciências.

Margarita Correia é a responsável, no ILTEC, pelo projecto a que foi dado o nome de Vocabulário Ortográfico do Português. Faz parte do grupo restrito de pessoas que até agora pensaram na aplicação prática do Acordo Ortográfico. Como o fizeram? Em primeiro lugar definindo uma série de critérios que serão também tornados públicos.

"O acordo remete muitas vezes para uma tradição, mas em lugar nenhum define qual é essa tradição. Por isso optámos por regularizar bastante a ortografia". Em muitos casos isto significou tirar os hífens (de "cor-de-rosa", por exemplo, que o acordo admitia com hífens referindo a "tradição", ao mesmo tempo que deixava sem hífen "cor de vinho"). Quando a referência é a pronúncia optou-se por seguir a da região de Lisboa.

"O texto legal [do acordo] é aberto, mas é ambíguo e tem até contradições internas. Mas ninguém o vai ler quando tiver uma dúvida. O que se espera é que haja especialistas que façam a interpretação através do Vocabulário", diz Margarita Correia.

A grande dúvida, segundo José Mário Costa, é qual, entre os três VOLPs, virá a ser considerado oficial e quem tomará a decisão, dado que a língua envolve os ministérios da Cultura, Negócios Estrangeiros e Educação. "Falta definir quem manda na língua."

Nota: há coisas que não estão em cima e se encontram na fonte que se segue.

Fonte: http://www.publico.pt/Educação/aplicar-a-nova-ortografia-em-2010-e-uma-precipitacao_1415787
Preocuparmo-nos suficientemente com tantos a sofrer e a morrer, nós incluídos...
Esquecermos de uma vez por todas o prazer/dor... Acabarmos com o sofrimento...: Uma enorme alegria!...

Tuesday, 29 December 2009

Meditação (cont.)

Meditar é estar
inocentemente desperto,
abertamente desperto,
longe e/ou perto,
trabalhando
e\ou meditando.
Mente desperta, observadora,
meditativa...
À noite descansa profundamente
ou medita ainda, sem sonhos
ou/e com belos sonhos
sem grande segurança protectora:
quem não deve teme e não teme,
quem ama/sabe tem tanto
amigos como inimigos.
Ao observarmos, ouvirmos, cheirarmos,
saborearmos, tocarmos
profundamente todos os viveres,
sobrevém o extraordinário silêncio
da cessação da divisão
de pessoas, bens, espaços, seres,
tempos...
E, onde há eu doentio não há amor;
e, onde existe amor não há eu doentio.
Meditação é o findar
do eu e o voltar
do amor!


Gama grego






Na língua etrusca, as consoantes oclusivas não tinham uma pronunciação específica, por isso, usaram o Γ (Gama) Grego para escrever o seu som /k/. No início, os romanos utilizavam o C tanto para representar o som /k/ como o /g/. Só mais tarde se acrescentou um segmento reto horizontal na zona central direita para produzir o G. É possível, ainda que incerto, que o C tenha apenas representado o /g/ no início,

Fonte: Wikipédia
Revolução sem conflito

Quando digo que não há evolução não estou a negar o óbvio do "progresso" da caverna ao palácio, do homem das cavernas ao "homo sapiens"(homem sábio), da roda ao jato, do bebé ao adulto, da erva ao antibiótico, da pedra à bomba atómica, etc..
Estou somente a recordar que jato ainda pode cair, que adulto ainda envelhece e morre, que bomba mata muito mais do que pedra,que antibiótico tem efeitos secundários, que novas pestes surgem, que ignorância ainda é muito grande.
Entretanto, Krish., que geralmente aceitou sem questionar a evolução biológica e tecnológica, declarou muitas vezes que ao levar e aplicar o facto desta evolução ao campo da consciência considerando que esta tem estado e continua portanto também a evoluir, a melhorar se limitou e condenou ao gradualismo, ao melhoramento aqui e ali, à reforma sempre carente de nova reforma, ao mero polimento,ao erro, ao passo em falso e ao sofrimento perpétuos, excluindo-se assim da revolução sem conflito, da grande libertação a efectivarem-se já agora pela percepção interior (e exterior, digo), nunca gradual, nunca logo, nunca amanhã ou no ano que vem, o que não quer dizer desprezar o futuro. Ou há mudança/melhoramento totais já, portanto, ou nunca os haverá. E, disto "eu" estou deveras tão certo como de que existo e de que existem os computadores e as secretárias e as mesas onde eles estão e, tudo o resto.
Entretanto, psicológico, tecnológico e biológico não podem continuar separados, se é que ainda o estão, não é?

Monday, 28 December 2009

Meditação ...

A palavra também é
uma coisa, como a raridade
de um cão ladrando neste lugar...
Completamente vulnerável e assim
também indestrutível... Tal é a meditação
do silêncio no barulho que aumenta
no completo vazio do amor, do respeito,
da afeição, do esmero... A morte de todo
o conhecido é o florescimento de todo
o desconhecido... A meditação pode libertar poderes
que não são do eu, mas talvez possam ser
para alguns eus. Meditação não é concentração,
nem dizer mantras, nem contas de rosário,
nem auto-hipnose, nem respiração
rítmica, mas, não haverá meditação,
de medir, sem grande auto-conhecimento.
Meditação é atenção e compreensão
totais, sem comentário, sem opinião,
sem palavra para com todo o movimento da vida,
o que não quer dizer ser vegetal, amorfo,
não crítico, aceitador do mal, do abuso...
E, fazer com toda a atenção
é ação total: se tudo o que fizermos, ler,
conduzir, cozinhar, aprender, semear, construir, comer...
For feito com total atenção, algo de extraordinário
acontece...Deixaremos de dizer que noutro lado estar ou outro ser
é que era bom... E, talvez possamos ser felizes.
Inteligência prévia

Não tem graça imitar
e é crime plagiar,
mas, temos de usar
de outros o falar/pensar
que é nosso, não?

Sim, deixarmos
TODOS de ser idiotas,
novos e "cotas",
rudes e janotas.

Krishnamurti falou da inteligência antes do suceder,
que não tem nada a ver com esperteza egoísta nem com o desejar,
mas, com a perceção de todo o nosso ser
de que a verdadeira mudança, do errar
para o acertar, da inveja para o amar, da injustiça
para a justiça... Tem de vir de dentro completamente,
pela compreensão disto, nunca pela pressão, nunca pelo conflito que se atiça,
nunca pela justificação, nunca pelo sofrimento do grande incidente,
jamais pela rendição... E isto são factos, senhor Buiça,
senhor Rei... Temos nós esta inteligência, esta enorme graça, que actua antes do grande sofrer
e o impede assim? A inteligência que nem o prazer
sem dor busca, quanto mais o com dor?

Sunday, 27 December 2009

Mestre(a) e discípula(o)
também são um

Nosso interior
e nosso exterior
também são um:
como um somos
com observado
e com pensado:
tudo sem nada
pressionado,
como no grande
discipulado/mestrado.

Saturday, 26 December 2009

A imitação não tem graça
nenhuma, mas, tudo conta, todos contam.
E, o fim do equívoco, do sofrimento,
é a rejeição de todo o mau desejo,
a negação de toda a acção que não resulte
da frágil, clara, não organizada,
não útil, não potente verdade...
A única completamente positiva...
É o quebrar do círculo vicioso
da acção perfeita seguida da imperfeita,
da acção positiva de sair de um erro/pecado,
para entrar noutro...
O fim do grande equívoco é a rejeição
total do ódio e da cobiça em todas as suas formas.

Friday, 25 December 2009

Dedicação ao prazer, até da vivência,
para dor, qualquer dor abafar,
é grave erro: temos de, firmes, ficar
com toda a dor, para ver sua dissolvência.
Muitas vezes nada mais importante do que o silêncio da meditação do amor eterno.

Thursday, 24 December 2009

Total integração

Quando digo ir mais além do que Krishnamurti estou a pensar na total integração do físico\fisiológico e do maravilhoso psicológico que Krishnamurti nos dá, coisa que aliás ele ensinou e experimentou ao nível da atenção profunda e do cérebro, como por exemplo na pág. 70 de: "Será que a humanidade pode mudar", da Dinalivro, Lisboa, Portugal: "... Tudo isto são feridas que foram lesionando o nosso cérebro e a única coisa que o pode curar é escutar (e ler, digo "eu", Krishnamurti, por suposto, que não só não fundou religião, como demonstrou muito bem que toda a religião e todo o "ismo" não só não são a solução, como fazem parte do problema a resolver/em solução, mas não só Krishnamurti, suponho) atentamente. Escutar e, nesse escutar ter a percepção interior daquilo que se diz. E imediatamente há uma mudança nas células cerebrais e, por conseguinte, na total ausência da identificação (com a dor e sua recordação, por exemplo, digo)".
Já o ficar mais aquém refere-se à possibilidade de J.K. ter eventualmente desequilibrado para o lado espiritual, se é que tal é possível.

Wednesday, 23 December 2009

Bondade e justiça

Uma das coisa que por vezes me faz confusão é os "orientais" não falarem de justiça. Já o amor incondiconal, expresso por exemplo nas palavras de Cristo: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem", parece falar-se e praticar-se aqui e ali.
Entretanto, não será que, por exemplo, quando, seguindo a prática de Krishnamurti para sermos bondosos, pacíficos, belos, criadores e criativos, não ferindo nem reagindo a feridas, isto é, não alimentando ira e ódio pelos pensamentos, não os reprimindo embora, que é outra forma de violência, mas, deixando-os florescer... que acabam por morrer, não será que se está precisamente a fazer justiça?
É que, nem sempre, senão nunca o amor incondicional será eficaz.

Tuesday, 22 December 2009

Amigo Dr. Paulo Coelho,

Associar o vazio com o mal (http://colunas.g1.com.br/paulocoelho/) nunca tinha ouvido.
Cada vez me convenço mais que J. Krishnamurti é o grande mestre dos últimos tempos, só nos cabendo porventura ir mais além, ou aquém, conforme os casos.
Ora, J.K., não interessa que já tenha falecido, e que assenta todo o seu ensino nos factos, afirma que no bem não há mal nem no mal bem, pois, o bem, o amor não é o oposto do mal, do ódio. Mesmo no dia a dia, não só em sentido absoluto. E, ele deve estar certo, embora eu já tenha escrito que o bem está no mal e o mal no bem – talvez interpretação errada do taoismo…
A sua argumentação é a seguinte, pág. 43 de “Será que a humanidade pode mudar?”, da Dinalivro, Portugal: “…Sou ganancioso, isso é um facto. Tento tornar-me não-ganancioso, o que é um não-facto, mas, se permanecer com o facto de que sou ganancioso, posso, efectivamente, fazer alguma coisa a esse respeito (ele não defende disciplinas, nem esforços neste fazer – o “milagre” acontece com a compreensão disto). Assim, não há oposto(s)”.
Ora, sendo bem conhecido que um copo/casa/etc podem ser bem melhores vazios do que cheios, permita-me citar J. K: Pg 24 de: http://www.esnips.com/doc/1088413e-9239-4fe1-973d-0d00b4047884/Krishnamurti---A-Arte-da-Medita%C3%A7%C3%A3o, sobre o caso do pensamento: “… A ambição e o amor não podem coexistir. Como pode a beleza estar relacionada com o homem ambicioso? Só há beleza quando a vista não é contaminada pelo pensamento, pois, a beleza é a própria essência do vazio (ausência, sem repressão, mas pela compreensão, por exemplo, de que pensamento é tempo, memória) do pensamento. A beleza não é uma experiência nem uma sensação de prazer. A beleza, do mesmo modo que o amor, é o abandono do centro…”
Ação perfeita

Ser nada! Não buscar o prazer/dor. Não buscar nada.
Percepção interior, acção imediata.
Um avião melhor do que uma carroça?: roda, barco, carroça, cavalo, bicicleta, carro, avião, espaço, andar, cair, levantar, morrer, renascer? Prazer sem dor? Parto sem dor, morrer a dormir e acordar no inferno, na terra ou no céu?
Bem e mal, ou acção perfeita e ação imperfeita?
Vacuidade, paz estranha?, desvanecimento da raiz de todos os problemas, fim da memória? Um mundo sem dor, só com prazer. Buscar prazer sem dor: não há prazer sem dor?
Mostrarmo-nos a quem não se mostra? Amor sem justiça?
Não mais separação do físico e do psicológico.
Não faz sentido procurar|fazer coisas que dão prazer e dor, não é verdade.
Descobrir, saber sem sofrer?
Relativo e absoluto: acabar com relativo?
Ação perfeita, o que interessa é a acção perfeita, não é?

Monday, 21 December 2009









Legenda (de baixo para cima): hieróglifo egípcio para casa; casa proto-semítica; Beta fenício; Beta grego; B romano

O símbolo utilizado para representar a letra B começou, provavelmente, por ser o pictograma da planta térrea de uma casa, presente nos hieróglifos egípcios ou no alfabeto proto-semítico.


Cerca de 1500 a.C., os fenícios deram à letra um aspecto linear que serviu de base para as formas posteriores, aparecendo tanto com linhas arredondadas como retilíneas. O seu nome deveria aproximar-se ao do beth hebreu.

Quando, na Antiga Grécia, se adotou o alfabeto, mudaram-lhe o nome para beta, inverteram-no e, mais tarde, acrescentaram-lhe outra curva fechada. Nas primeiras inscrições que se conhecem, a letra dispõe-se para a esquerda, mas no alfabeto grego mais tardio, já está virado para a direita, ainda que se mantivessem variações (retilíneas ou curvas) das linhas fechadas.

Os etruscos trouxeram o alfabeto grego para a península itálica, deixando a letra sem alterações de maior. Os romanos, mais tarde, adotaram o alfabeto etrusco para escrever o latim. A letra usada, com curvas fechadas, foi preservada no alfabeto latino, utilizado na escrita de diversas línguas.

Fonte: Wikipédia








O símbolo utilizado para representar a letra B começou, provavelmente, por ser o pictograma da planta térrea de uma casa, presente nos hieróglifos egípcios ou no alfabeto proto-semítico.


Hieróglifo representando uma casa egípcia Casa proto-semítica Beth fenício Beta grego B etrusco B romano

Cerca de 1500 a.C., os fenícios deram à letra um aspecto linear que serviu de base para as formas posteriores, aparecendo tanto com linhas arredondadas como retilíneas. O seu nome deveria aproximar-se ao do beth hebreu.

Quando, na Antiga Grécia, se adotou o alfabeto, mudaram-lhe o nome para beta, inverteram-no e, mais tarde, acrescentaram-lhe outra curva fechada. Nas primeiras inscrições que se conhecem, a letra dispõe-se para a esquerda, mas no alfabeto grego mais tardio, já está virado para a direita, ainda que se mantivessem variações (retilíneas ou curvas) das linhas fechadas.

Os etruscos trouxeram o alfabeto grego para a península itálica, deixando a letra sem alterações de maior. Os romanos, mais tarde, adotaram o alfabeto etrusco para escrever o latim. A letra usada, com curvas fechadas, foi preservada no alfabeto latino, utilizado na escrita de diversas línguas.

Sunday, 20 December 2009

Humano e divinal

A percepção do ódio
acaba com o ódio:
até dejectos mal cheirosos
findando, sem ódio.
E, total liberdade
igual a total responsabilidade.

Estás de acordo?
Se estás, nos amamos
com um amor não sensual,
intemporal e temporal,
humano e divinal!

O conhecimento, o pensamento
são condicionantes: eu não ensino,
como Krishnamurti eu não ensino:
só o Amor resolve, Lino!

A verdade liberta, toda a Verdade.
Após a vermos deveras já podemos morrer,
descansar, distrair-nos, o que é vida!
Mas, ainda temos de a comunicar:

Não há evolução:ou vemos já disto a Verdade,
ou continuamos no erro e no sofrimento!
SEMPRE NOVO

Café, pau de canela,
açúcar mascavado,
não refinado...

Comunicação,
aproximação,
individualização,
massificação.

Perceber, entender
verdadeiramente,
desfrutar, ver, descrever...
Para além e para cá da palavra,
da imagem, da lavra...

Ver e agir sempre novos,
sempre como sendo a 1ª vez.
Poderemos pensar sem palavras e imagens,
ou, o que é o mesmo, com todas as imagens
e todas as palavras? Tornámo-nos num mundo de imagens
e palavras! Mas,substância, realidade são infinitamente
mais do que sabores, palavras, toques, cheiros, sons, imagens!...
Ou antes, são TUDO ISTO simultaneamente, não uma só coisita
ou nada de cada vez!!

Claro, identificando-nos assim
com a Realidade toda, quase
desaparecemos, sim,
e, eles/ela aparecem.

Fantástico e ao mesmo tempo assustador, não é?
Mas, há que prosseguirmos. Real não é dos medrosos.
Grande alegria, permanente vitória valem a pena!

Saturday, 19 December 2009

SOBRE O AMOR

Há muito pensamento, muita possessividade,
muito sentimentalismo e emoção,muito arrependimento,
muita devoção e muita oração no mundo...
E, tão pouco Amor...
Possuir não é amar: possuir só leva ao ciúme
e ao ódio.
Perdoar também pode não ser amar,
se for só para perdoador superior se considerar.
Sentimentalismo, emoção, choro
também nascem do pensamento, nada têm a ver com o Amor,
são mera expressão e expansão, e, quando
não têm saída transformam-se outrossim em crueldade
para com outros ou os próprios.
Do mesmo modo, não há Amor na devoção, na prece
destinadas a adquirir, a possuir,
ao sentimentalismo, à emoção.
Só conhecemos o AMOR quando todas estas coisas cessam.
E, não podemos pensar o AMOR, ou cultivá-LO
e praticá-LO: isso ainda é Mente, que é zanga e ódio: o AMOR
só acontece quando a mente termina!
AMOR é respeito por inferiores e superiores,
afortunados e desafortunados;
AMOR é afecto, ternura, compaixão, misericórdia,
solidariedade, fraternidade.
Se amamos só que seja uma flor, um animalzito,
podemos amar todo o mundo!
Já o inverso é falso.
Tanto falso amor e tão pouco Amor verdadeiro!
E, só o amor sem condição é verdadeiro amor;
só o amor incondicional beneficia realmente:
há seres tão carenciados que só o amor sem condição
pode melhorar a sua condição!
Quando AMAMOS deveras, não há bons nem maus,
nem muitos nem poucos: SÓ HÁ AMOR, AMOR!
Que não é um hábito.
A verdadeira solução

Criação é sem pensamento,
é alegria profunda,
é auto-esquecimento
sem reação do eu,
que se afunda.

Pobre mente, causadora
de todos os nossos problemas!

E porquê o dantesco
problema do sexo?
Por ser o único meio
de auto-esquecimento,
de desaparecimento do eu
de tantos,não é?

Porquê o prazer no acto sexual?
Porque nele nos esquecemos, por alguns
segundos, totalmente de nós próprios. Certo?
E, daí a escravatura do sexo!

Só que, escravatura é dor.
E, vá de luta pela libertação! O que
só mais nova força ao eu dá, e, mais dor:
o eu é dor.

Qual a solução, qual o caminho então?
Só pode ser mesmo o fim do eu, do apego, da ambição,
da avidez, da sofreguidão, da contradição...
Nunca o sentidão!!
Mas, sempre pela compreensão,
jamais pela repressão!!

Deus, o novo(a), a criação,
a verdadeira origem, a inspiração,
o desconhecido, a verdade,
o eterno, a criatividade,
a causa, a vera felicidade...
Não se encontram pelo muito buscar:
A pessoa, a entidade contínua só no findar,
no silêncio, na quietude pode o Novo vivenciar!
Tudo certo

Somos parte da Realidade,
do Indestrutível, do Intemporal,
do Ilimitado, da Verdade,
da Sabedoria, do Eternal...

Vamos aqui e neste momento,
ao belo e grande passado,
ao perto, ao distante alimento,
ao futuro promissor, trabalhado.

Quietos, unidos, separados,
sereníssimos... Vêm a nós, ao bem bom,
à Luz.... À bebida... Aos preparados:
Há e não há dona e dom.

Agora não comparamos,
nem sequer observamos
ou pensamos:
somente amamos.

É a paz, o céu... Tudo considerado,
todos presentes... Nada exagerado!

Não nos comparamos... Nem vegetamos.
Que lucidez, meu Deus!
E, que alívio, que calma. E, que cheirinho!

Atenção total
com todo o nosso ser
a tudo/todos,
e também parcial.
Com e sem espiral,
com e sem Natal,
com e sem fronteiras...

Tudo certo,
tudo bem!

Friday, 18 December 2009

Ação verdadeira

O pensamento pode dar prazer:
é a velha questão de uma mentira
não se apresentando só, mas, acompanhada
de outra disfarçada de verdade.
Mas, a verdadeira acção nasce de tudo o que somos,
não só da ideia, de um ideal.
A ação, a actividade somente da ideia é parra sem uva,
é espasmo, é mera tentativa, inutilidade, improdutividade: sempre
a tentar ligar o ser e o dever, nunca o(s) concretizando. É como o
avarento, ou o estúpido, ou o pobre, ou o sujo: reconhecendo/compreendendo verdadeiramente que somos avarentos, ou estúpidos, ou pobres ou sujos... E vendo a absoluta
necessidade de sermos generosos, inteligentes, ricos ou limpos, agimos imediatamente para ficarmos a ser mesmo isto. Mas, se tal for um ideal a atingir, tudo será atingido superficialmente ou adiado.
A ação que nos melhora, regenera, redime mesmo, como quisermos, não tem nada a ver com prémio ou castigo, nem com pensamento nem ideias, nem ainda com cálculos, análises e divisões. É uma acção intemporal.
E, a verdade é que é entrando nos problemas profundamente, com toda a clareza, sem qualquer corrupção que eles deixam de existir. E isto acontece quando a mente fica efectivamente em silêncio perante os problemas, ao invés de ficar falando alto sozinha, manipulando, somando, subtraindo, supondo, esforçando-se até estoirar de dor, ou dando cabeçadas na parede, ou debandando,ou ameaçando, ou destruindo tudo o que lhe aparece à frente ou que mexe!
Não é o problema, se o amamos, tão belo como uma chuva continuada no sertão?
As ideias tornaram-se mais importantes do que a ação: uma tragédia, a separação das ideias,passado, e das acções, presente - pelo medo de ser e de viver.
Pensamento é memória, não é? O pensamento tanto pode sustentar e dar continuidade ao prazer ontem fruído, como ao medo e à dor. Mas, que interesse tem o prazer que é um misto de medo, de dor e de prazer? E, o pensamento está sempre a exigir, ainda que dissimuladamente, em palavras tais como lealdade, ajuda, oferta, serviço... Mais e mais do seu mui duvidoso prazer.
Mas, tal não acontece com a felicidade/beatitude/prazer da meditação, do silêncio, do sagrado, da virtude, da pureza, do justo, da liberdade, da vida, da compreensão, do desprendimento...
Ó pensamento problema, violento, subtil, dualista, hábil, contraditório, deformador, faminto e exigente de prazer-dor...: Não vales nada, és sum opressor... E no entanto eu te adoro! Tu és eu e eu sou tu!
Em nós, pensamento e silêncio, prazer e beatitude, sagrado e mundano, feminino e masculino, hoje, amanhã e ontem... Estão perfeita e totalmente fundidos num(a) só eterno!...
Desapego é vida

Quando sofremos, não criamos.
Os males que não faz a sofreguidão pelo poder!
O pensamento cria muitas coisas, muitas ilusões...
Mas, o pensamento é limitado, repetitivo,
conflituoso, não criativo.
Paremos então o pensamento
mas, pela compreensão, não pelo pensamento
deliberado, forçando-nos a não pensar,
(o que também seria conflito).
Se compreendemos isto,
há quietude do pensamento.
Onde há o medo, a ansiedade
do desejo, da ambição,
da acumulação...
Não há liberdade,
nem virtude.
Que pode criar/inovar um cérebro
profundamente condicionado, hiperactivo,
que não pára, sempre astucioso,
enganador, maldoso,
na defensiva, sempre na mesquinhez,
no sem valor, no medícore,
no que é de segunda?...
Muito pouco e inferior, não é?
Que contradição: tanta conversa sobre amor, paz, redução de CO2, criatividade...
E, poluindo cada vez mais, sempre repetindo, fabricando mais e novas armas,
homens/mulheres bomba até!
A verdadeira criatividade é com a percepção, compreensão sagradas, nas quais
o ego, o "eu", a personalidade não contam nem entram.
A procura da solução não pode impedir a solução, que não é sem a compreensão
do problema. O caminho tem de ser a cessação das causas dos problemas,
o que se consegue pela investigação e compreensão.
A solução não pode ser a mudança\reforma que tem de ser seguida por outra
mudança|reforma. Não deveria ser óbvio?
Que contradição: fazendo bem e fazendo mal; construindo e destruindo; dando vida e matando!...
Qual a causa disto?
O mundo está cada vez pior? E está (vejam-se governos aprovando casamentos homossexuais e a corrupção. A terra treme (pudera!)? Que fazer?
Nós somos o mundo, nós somos a terra... Temos de nos conhecer muito bem e de nos salvar a nós mesmos, antes de podermos ajudar.
O apego: o apego é a causa de tantos e grandes problemas: apego ao muito ou ao pouco, ao próprio ser..., E, claro, medo, por vezes pânico, de perder, de parar, de morrer, de deixar de ser!...
Mas, desapego é vida sem medo!
Desapego é criar!

Thursday, 17 December 2009

Morrer é viver

Não há mais além, não há além:
Há aqui e agora!
Que estupidez: primeiro
Afastais ou afastai-vos, dividis,
Criais opostos, e, depois
Quereis unir, explicar
A divisão, fazer pontes!
Vida e morte são
Uma só coisa,
A mesma coisa:
Vida é continuar e cessar:
Quem só continuar
Quer, não se renova
E morre, mesmo vivo
É um morto vivo.
Em contrapartida, quem morre
Para o passado em cada momento
E para todos os opostos,
É novo e criativo a cada momento.
Eterno mesmo.
Não deveria ser óbvio que o que
Continua não se renova, cansa, morre!
E, a morte é assim o fim e a morte para tantos.
Mas, a morte não existe para quem
Vive e morre em cada momento.
Quem é que vem do outro lado
Para nos contar
Como é lá?
É, obviamente, quem para lá não
Vai, quem está sempre vivendo e morrendo.
Nós e Deus, conhecido
E desconhecido,
velho e novo,
futuro e passado
também um só somos.
Como podem pois a nossa
Segurança, a felicidade nossa,
O nosso ser,
Estar em coisas mesquinhas?
Liberdade

Liberdade de não escolher pode ser tão importante como liberdade de escolher.
Perceber, compreender, já é fazer.
O pensamento pode ser prazer que não é amor.
Terá o verdadeiro amor deixado de dar prazer?
E, no entanto, só o amor verdadeiro resolve e salva, pois,
só a sua acção é com o stress, tensão, contradição,
busca de auto-realização e de poder correctos.
Meditação é a luz da mente que ilumina o caminho da ação.
Não haverá limites para a integração: físico-técnico-fisiológico e psicológico;
prazer e dor; pensamento,meditação e acção; ouvidor e ouvido; observador e visto; limitado e ilimitado; temporal e intemporal; liberdade e prisão; homem e mulher; passado e futuro... Tudo tem de ser integrado.
Perfeito autocontrole igual a fim, morte. Veja-se um aparelho de ar condicionado programado para manter a temperatura entre um mínimo de 20 e um máximo de 30 graus: se for colocado/forçado a 25 graus permanentes, ir-se-á destruir, pois, receberá simultaneamente instruções contraditórias: liga e desliga,incomportáveis com a sua programação.(ver:http://karatearj.blogspot.com/2005/11/zen-arte-do-silncio-e-do-vazio.html)
Um pouco igual a: tensão arterial = a zero = a morte.
Figura central

Afirmações/atitudes rígidas e unilaterais não parecem ser muito inteligentes, e, dois não podem agir como quando são um.
E, sem dúvida que inteligência, amor e justiça são fundamentais.
Nem abusar dos prazeres nem combatê-los parece ser inteligente.
Há um silêncio vivo,
uma paz não morta;
um verdadeiro bem anónimo,
uma morte para o conhecido;
uma coisa que não tem a ver
com o pensamento, que é perversão,
que não tem a ver com o desejo,
que também é pensamento;
que não é do tempo, que é memória;
que não é retrato, nem imagem;
que é imobilidade do pensamento,
mas, pela compreensão, não pela força...
Um silêncio que se renova constantemente,
que é sempre novo, que o pensamento não toca
(onde este toca tudo morre!)...
Olhemos, amemos, comuniquemos neste silêncio,
sem possuir nem ser possuído;
sem ciúme, sem medo, sem sentimentalismos,
sem crueldade, sem pensamento, sem sensações,
que nascem do pensamento...
Com respeito, com compaixão, com consideração
por todos, superiores e inferiores...
Nunca ou sempre sendo a figura central!!

Wednesday, 16 December 2009

"DORMIR É UM HÁBITO"

J. Krishnamurti
Rosa

Mui bela, inconsciente
da sua magnificência,
sem estar sempre
a considerar
que está a salvar
o mundo...
É assim que a rosa
faz maravilhas.
Como diferente
havia de ser
connosco?
Eventualmente
fazemos algo tão
naturalmente
que, ajudamos então.
Os chamados mediadores: sacerdotes, mestres, professores, gurus,pastores, padres, guias, mentores... entre os nossoos problemas e Deus ou a Verdade/Realidade tornaram-se também em exploradores. Não podemos continuar a ser máquinas imitativas.
Quando há problema, dor, mal estar pensa-se em resolver, melhorar,e, quando não há, também: compreender e descobrir é fundamental para resolver.
Exploramos e somos explorados, ou somos justos?
Consideramo-nos inteligentes e procuramos a satisfação?
Procurar satisfação não é solução, e, resolver individual ou localmente só excepcionalmente o será. O mesmo para as minorias eleitas.
Continuo, Krishnamurti, teu ensino a ver, a grande maioria das vezes concordando.

Tuesday, 15 December 2009





Macacos dão pistas sobre origem da linguagem humana
por PEDRO SOUSA TAVARES

Ao combinar três chamamentos ('hok', 'krak' e 'boom') e um sufixo (oo), o macaco de Campbell produz um conjunto diversificado de 'frases', com significados muito distintos. Esta proto-sintaxe terá sido uma adaptação natural ao meio, permitindo a esta espécie africana comunicar com os membros do seu grupo e alertá-los para predadores e outros perigos iminentes
O macaco de Campbell (cercopithecus campbelli), que vive nas florestas de vários países africanos, poderá ter eliminado mais um suposto marco diferenciador dos humanos em relação a outros seres vivos - a capacidade de desenvolver e utilizar uma linguagem - ao demonstrar possuir o mais complexo tipo de comunicação descrito entre animais.
Estudos realizados durante dois anos no Tai National Park, na Costa do Marfim, revelam que o símio em questão não só é capaz de emitir seis tipos distintos de chamamentos de alerta, como os combina em sequências vogais. Por outras palavras: constrói frases rudimentares.
A investigação foi coordenada por peritos em etologia (comportamento animal) do Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS) francês, em articulação com universidades da Escócia e da Costa do Marfim.
O processo consistiu no registo dos diferentes sons produzidos pelos macacos de Campbell, tendo depois sido testada a sua reacção a gravações e estímulos visuais. Por exemplo, recorrendo a sons e até exemplares empalhados de predadores presentes no seu habitat natural.
Os testes permitiram identificar três "vocábulos' básicos, todos com um significado específico: hok, krak e boom, que são duplicados em mais três pelo uso do sufixo 'oo'". Mas o que verdadeiramente impressionou os investigadores foi a capacidade dos animais para combinarem estes termos de diferentes formas, com uma variedade de significados distintos
“Dicionário de macaco:
“Hok” – está uma águia no ar!
“Krak” – atenção, um leopardo
“Boom” – atenção, está a cair o ramo de uma árvore. Afastem-se!
“Boom-boom” – venham ter comigo!
“Boom-boom”
“Hok-oo”
“Krak-oo”
“Hok-oo” – está outro grupo de macacos nas imediações

no que descreveram como uma "proto-sintaxe" desta espécie.
De resto, ficou demonstrado que só raramente os macacos emitem estes sons de forma isolada, sendo muito mais frequente a sua combinação em sequências de até 25 chamamentos.
Os autores do estudo - publicado na página da Internet da revista Proceedings of the National Academy of Sciences, dos Estados Unidos - admitem que esta capacidade de combinar diferentes sons terá sido desenvolvida para compensar uma limitada flexibilidade vocal. Quando comparados, por exemplo, com as aves, os macacos são mais limitados no tipo de sons que podem emitir.
Um argumento que conduz, inevitavelmente, à hipó-tese de a linguagem humana ter tido, na sua origem, vocalizações animais bastante mais primárias.
No caso específico do macaco de Campbell, uma espécie arborícola (que vive sobretudo nas árvores), a reduzida visibilidade do seu habitat torna particularmente importante a existência de uma forma alternativa de manter o contacto e trocar informação - sobretudo alertas - com os da sua espécie.
Este símio vive em grupos de até 10 elementos, habitualmente constituídos por um único macho dominante, várias fêmeas e os descendentes ainda jovens.
Até agora, as tentativas de ensinar as bases da sintaxe humana a animais - não confundir com a capacidade de imitação demonstrada por várias espécies de aves - revelaram-se pouco produtivas.
Ao longo dos anos, realizaram--se várias experiências com chimpanzés - o animal geneticamente mais próximo do homem -, treinados para reconhecer e reproduzir sons humanos com o auxílio de equipamentos (como computadores). Mas, embora sendo capazes de reconhecer o significado de várias palavras, estes não conseguiam combiná-las em frases. .
Fonte: http://dn.sapo.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1447467&seccao=Biosfera

Monday, 14 December 2009

PAZ DE VEZ

Estar ao lado da violência
sem ser violento: compreender
o espaço: falta de espaço ceder
nos faz à violência?

Há uma não violenta tensão
na bela vida: evitar ventos
bárbaros, sim: eles se tornam lentos:
cuidado até com não violenta? afrontação!

Jesuíta não morreu
mas podia ter morrido,
como Ghandi e o Cristo querido...
Morte alguma coisa resolveu?

Sen defender,
sem condenar,
sem louvar
posso todos ser\ver.

Ó cólera, ó ira, ó avidez:
um somos, nos amamos,
não cedemos, não disparamos,
não reagimos: paz de vez!
Comida e longevidade

O mistério do motivo porque comer menos aumenta a longevidade está mais perto de ser resolvido.

Estudos mostraram que uma severa restrição de calorias prolonga de forma acentuada a vida em ratos e em muitas outras espécies mas as razões para isso permaneciam esquivas. Mas agora, investigadores americanos que trabalham com vermes nemátodos descobriram um gene associado a este estranho efeito.

Futuramente, a descoberta pode levar à descoberta de drogas que imitem as consequências da restrição de calorias mas não obriguem a regimes de jejum severos.

As propriedades de prolongamento da vida da redução da ingestão de calorias foram primeiro descobertas na década de 30 do século passado, quando ratos de laboratório alimentados com uma dieta muito severa passaram a sobreviver mais tempo que os seus amigos bem alimentados.

Desde então, este efeito tem sido observado em organismos tão diversos como as leveduras, as moscas, vermes e cães.

As consequências para os humanos da redução da ingestão de calorias em cerca de 60% mas mantendo o nível de nutrientes essenciais ainda não são claros, apesar dos seguidores desta dieta extrema serem numerosos.

Andrew Dillin, autor do artigo publicado na revista Nature e professor associado no Salk Institute for Biological Studies, refere: “Se reduzirmos demasiado o alimento, passamos para a fome e vivemos menos. Se comermos demais passamos para a obesidade e vivemos menos. As restrições na dieta correspondem a um ponto intermédio difícil de localizar. Desde há 72 anos que o sabemos mas não percebemos como funciona.”

Um estudo com vermes nemátodos Caenorhabditis elegans revelou que o gene pha-4 desempenha um papel crucial nesta situação. A equipa descobriu que vermes a quem se removia o gene pha-4 não viviam mais tempo mesmo com uma dieta restrita. Mas também descobriram que fazendo a experiência inversa, aumentando a expressão do gene pha-4 nos vermes, aumentava a longevidade quando havia uma dieta restrita.

“Este é o primeiro gene que descobrimos ser absolutamente essencial para a resposta da longevidade à restrição de dieta”, explica Dillin. “Finalmente temos evidências genéticas para deslindar o programa molecular necessário para aumentar a longevidade em resposta à restrição de calorias.”

Apesar do estudo ter sido levado a cabo com vermes, a descoberta também pode ser importante para outras espécies.

Os mamíferos, incluindo o Homem, têm genes muito semelhantes ao pha-4, explica Dillin. Estes genes desempenham um papel importante no desenvolvimento e, mais tarde na vida na regulação do glucagom, uma hormona com papel importante na manutenção dos níveis de glicose no sangue, especialmente durante o jejum.

De facto, os cientistas acreditam que o factor que leva ao aumento da longevidade devido à restrição calórica pode estar associado ao reforço das possibilidades de sobrevivência em tempos de escassez.

“O gene pha-4 pode ser o primeiro a ajudar o animal a superar condições de stress e a viver muito tempo com uma dieta restrita”, diz Dillin.

O próximo passo para os cientistas é analisar o efeito do gene noutras espécies.

Se a ligação com longevidade se aplicar ao Homem, pode abrir a porta ao desenvolvimento de drogas que imitem os efeitos da restrição de calorias e ainda assim permitam às pessoas manter a sua dieta normal, dizem os cientistas.

Richard Miller, do Instituto de Gerontologia da Universidade do Michigan, comenta: “É realmente difícil adivinhar se as associações que estamos a ver entre o sistema pha-4 e as restrições de calorias em vermes têm paralelo nos mamíferos, cujo reportório de resposta às várias formas de escassez de alimentos, a curto e a longo prazo, são de longe mais complexas que as dos vermes.

“Mas o artigo de Dillin fornece tanto motivação para a busca como pistas para onde procurar. Penso que é provável que seja influente, mesmo se as implicações para os mamíferos acabem por ser um beco sem saída.”

Fonte: http://comidaviva.wordpress.com/2007/05/04/descobertas-novas-pistas-acerca-do-gene-da-longevidade/
VIDA BIOLÓGICA

Muitos biólogos tentam definir a vida como um "fenômeno que anima a matéria".

De um modo geral, considera-se tradicionalmente que uma entidade é um ser vivo se exibe todos os seguintes fenômenos pelo menos uma vez durante a sua existência:

Crescimento, produção de novas células
Metabolismo, consumo, transformação e armazenamento de energia e massa; crescimento por absorção e reorganização de massa; excreção de desperdício.
Movimento, quer movimento próprio ou movimento interno.
Reprodução, a capacidade de gerar entidades semelhantes a si própria.
Resposta a estímulos, a capacidade de avaliar as propriedades do ambiente que a rodeia e de agir em resposta a determinadas condições.
Estes critérios têm a sua utilidade, mas a sua natureza díspar torna-os insatisfatórios sob mais que uma perspectiva; de facto, não é difícil encontrar contra-exemplos, bem como exemplos que requerem maior elaboração. Por exemplo, de acordo com os critérios citados, poder-se-ia dizer que:

O fungo tem vida (facilmente remediado pela adição do requisito de limitação espacial, ou seja, a presença de alguma estrutura que delimite a extensão espacial do ser vivo, como por exemplo a membrana celular, levantando, no entanto, novos problemas na definição de indivíduo em organismos como a maioria dos fungos e certas plantas herbáceas).
As estrelas também poderiam ser consideradas seres vivos, por motivos semelhantes aos do fungo.
Mulas e outros híbridos do tipo não são seres vivos, porque são estéreis e não se podem reproduzir, o mesmo se aplicando a humanos estéreis ou impotentes.
Vírus e afins não são seres vivos porque não crescem e não se conseguem reproduzir fora da célula hospedeira, mas muitos parasitas externos levantam problemas semelhantes.
Se nos limitarmos aos organismos terrestres, podem-se considerar alguns critérios adicionais:

Presença de componentes moleculares como hidratos de carbono, lípidios, proteínas e ácidos nucleicos.
Requisito de energia e matéria para manter o estado de vida.
Composição por uma ou mais células.
Manutenção de homeostase.
Capacidade de evoluir como espécie.
Toda a vida na Terra se baseia na química dos compostos de carbono, dita química orgânica. Alguns defendem que este deve ser o caso para todas as formas de vida possíveis no universo; outros descrevem esta posição como o chauvinismo do carbono.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Vida#Uma_defini.C3.A7.C3.A3o_convencional-biol.C3.B3gica

MORTE BIOLÓGICA

Biologicamente a morte pode ocorrer para o todo o organismo ou apenas para parte dele. É possível para células individuais, ou mesmo órgãos, morrerem e ainda assim o organismo continuar a viver. Muitas células individuais vivem por apenas pouco tempo e a maior parte das células de um organismo são continuamente substituídas por novas células.

A substituição de células, através da divisão celular, é definida pelo tamanho dos telómeros e ao fim de um certo número de divisões, cessa. Ao final deste ciclo de renovação celular, não há mais replicação, e o organismo terá de funcionar com cada vez menos células. Isso influenciará o desempenho dos órgãos num processo degenerativo até o ponto em que não haverá mais condições de propagação de sinais químicos para o funcionamento das funções vitais do organismo; o que seria morte natural por velhice.

Também é possível que um animal continue vivo, mas sem sinal de atividade cerebral (morte cerebral); nestas condições, tecidos e órgãos vivem e podem ser usados para transplantes. Porém, neste caso, os tecidos sobreviventes precisam ser removidos e transplantados rapidamente ou morrerão também. Em raros casos, algumas células podem sobreviver, como no caso de Henrietta Lacks (um caso em que células cancerígenas foram retiradas do seu corpo por um cientista, continuando a multiplicar-se indefinidamente).

A irreversibilidade é normalmente citada como um atributo da morte. Cientificamente, é impossível trazer de novo à vida um organismo morto. Se um organismo vive, é porque ainda não morreu anteriormente. No entanto, muitas pessoas não acreditam que a morte física é sempre e necessariamente irreversível, enquanto outras acreditam em ressuscitação do espírito ou do corpo e outras ainda, têm esperança que futuros avanços científicos e tecnológicos possam trazê-las de volta à vida, utilizando técnicas ainda embrionárias, tais como a criogenia ou outros meios de ressuscitação ainda por descobrir.

Alguns biólogos acreditam que a função da morte é primariamente permitir a evolução.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Morte#Considera.C3.A7.C3.B5es

GENES DA LONGEVIDADE
2008-03-13

Brian Kennedy
Cientistas norte-americanos identificaram 25 genes que regulam o ciclo de vida de dois organismos separados por mais de 1.500 milhões de anos de evolução, tendo 15 deles versões semelhantes às dos seres humanos.

A descoberta abre a possibilidade desses genes poderem ser guiados para travar o processo de envelhecimento e os problemas de saúde relacionados com a idade - assinala um estudo hoje publicado pela revista Genome Research.


Os dois organismos estudados, o fungo unicelular da levedura e o nemátodo C. elegans, usam-se geralmente nos estudos geriátricos e o facto de se terem descoberto os mesmos genes em ambos é muito importante, sublinham os autores do estudo, investigadores da Universidade de Washington e de outras instituições académicas.

Essa importância deriva do facto de ambos estarem muito separados na escala evolutiva, mais ainda do que os nemátodos dos seres humanos. Na perspectiva dos cientistas, isso e a presença de genes semelhantes no homem indica que estes poderiam regular a longevidade humana.

"Agora sabemos quais são realmente estes genes, o que nos dá objectivos potenciais a procurar nos seres humanos", declarou Brian Kennedy, professor auxiliar da Universidade de Washington e um dos autores do estudo.

"Esperamos poder no futuro influir nesses objectivos e prolongar não só a longevidade, como aumentar o período de vida em que uma pessoa pode manter-se saudável, sem sofrer as doenças características da velhice", acrescentou.

Os cientistas referem ainda no estudo que também descobriram que alguns dos genes do envelhecimento estão envolvidos numa reacção chave do organismo aos nutrientes. Essa descoberta constitui uma nova prova de apoio à teoria de que o consumo de calorias e a reacção aos nutrientes incidem na longevidade e que uma restrição na dieta pode aumentar a vida de uma pessoa.

"Em última instância, o que gostaríamos era de replicar os efeitos da restrição dietética através de um medicamento", afirmou Matt kaeberlein, professor de patologia da Universidade de Washington e outro dos autores do estudo.


Fonte: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=25488&op=all#cont

Sunday, 13 December 2009







Legenda: da direita para a esquerda: hieróglifo (pictograma) egípcio de cabeça de bovídeo; cabeça de bovídeo proto-semítica; Alef (A) fenício; A romano


A letra "A" é a primeira letra em quase todo os alfabetos do mundo, com exceção do mongol, tibetano, etíope e outros menos conhecidos. A forma do "A" encontra aparentemente sua origem num hieróglifo (pictografia) egípcio simbolizando uma águia (ahom) na escrita hierática cursiva. Os fenícios renomearam a letra aleph (boi/touro), a partir de uma semelhança imaginada com a cabeça e os cornos deste animal. No alfabeto grego mais antigo, aleph passa a ser a letra alpha. Em seguida, ela se tornou o A romano de onde a forma e o valor em geral foram transmitidos aos povos que mais tarde adotaram o alfabeto latino. Representa nos povos antigos um grande poder místico e características mágicas, associadas ao número um. É assim o Aleph hebraico, o Az dos Eslavos e o Alpha grego.

A (Alef hebraico):
Letra de Imprensa:
א
Nome da letra: Alef
Valor fonético: "Muda"
Valor numérico: 1
Natureza: Gutural


Fonte: Wikipéida
Baião de dois

Extraordinárias as palavras,
a música, Paulo Coelho, as quentes
águas do Nordeste, a vida, o amor,
a magia, o computador,
o frio, a piza, o calor...
Magia, do persa, é sabedoria:
quem diria?
Luiz Gonzaga,
forró incrível:
"Ana Maria",
"Petrolina-Joazeiro",
"Sabiá", "Baião" de dois!
Não fazer sofrer

Desejar bem estar
a todos os seres:
não fazer sofrer
nenhum ser nem
directa, nem
indirectamente,
pois,fazer sofrer
é sofrer.
Avaliar bem situações:
causar sofrimento
directo traz mais dor
do que se for
sofrimento
indirecto.

Saturday, 12 December 2009

Tempo e palavras

O tempo não existirá.
E as palavras, não esconderão elas coisas que devemos conhecer?
Possivelmente o tempo é uma ilusão. Ser(-se) velho ou novo, cedo ou tarde
não tem pois importância: importante mesmo é bem estar em todos os seres.
Ainda possivelmente, o tempo não é nada: os fenómenos são tudo.
"O tempo é apenas um ser abstracto, que não é, por conseguinte, susceptível das propriedades que a imaginação lhe atribui" - da autoria de Jean-Henri-Samuel Formey, citado por Jean-Jacques Rousseau, na Enciclopédia de Diderot e de Alembert, in: "O Tempo..." de Étienne Klein, da caleidoscópio.
Sacralidade

"Je" é francês;
"ão" é português";
"áléf" é hebraico;
"I" (ai) é inglês...
E, escrita é desenho,
registo fraco, ou rico
das falas que são sons
em que nos empenhamos
porque nos amamos...
Já "'stá bem"
lembra vem
a quem preso e livre
espera, por esperar.
E ainda, quando nos damos,
deram nomes somos
palavras que são números
e são sons...
Mas, somos muito mais
do que números, palavras,
imagens, sons...:
Somos vida, dignidade,
igualdade, sacralidade...

Friday, 11 December 2009

Governação Portuguesa:

- Já havia portugueses a divorciar-se porque separados pagam menos impostos (IRS);

- Muitos ricos continuam, de vários modos, a fugir impunemente ao pagamento de impostos (IRC e IRS), mas remediados não;

- Ultimamente, de verdadeiramente positivo, mais não estou a ver do que os apoios para a produção de energias renováveis;

- O aborto foi incentivado, mas a natalidade não;

- Agora estão a promover o casamento "gay"...

Haverá alguma conspiração para a destruição deste país?

Bem sei que os países não são, de um modo geral, mais do que tribos promotoras dos mais diversos conflitos e violências. Mas, vejam lá bem, que não é para se acabar com os países pela negativa, com medidas destruidoras como estas, mas, por todo o incremento da verdadeira comunidade das nações.
"Não diga nada antes de ter a certeza de que sua palavra vale mais que seu silêncio."

Fonte: http://contossollua.blogspot.com/2009/08/poesia-do-silencio.html

Thursday, 10 December 2009

Ciência...

Cientistas americanos continuam a juntar provas para suportar a sua teoria de que a generosidade compensa mais do que o egoísmo, ou seja, são conferidas vantagens evolutivas aos seres com comportamentos altruístas. Na espécie humana, a cooperação e a empatia parecem ser as melhores estratégias para conseguir passar os genes para a geração seguinte.

Apesar da ideia ser relativamente antiga, nunca foi dominante no pensamento sobre evolução das espécies. Ao longo de mais de um século, o ensino da teoria de Charles Darwin colocou a ênfase no mecanismo da selecção natural dos mais aptos. Mas recentemente os biólogos começaram a defender que a generosidade tem um papel muito mais importante na evolução da espécie humana do que a força ou a competição.

O campo dos que defendem a ideia da sobrevivência dos mais generosos tem estado a reunir dados que suportam a sua teoria. Uma equipa de cientistas de Berkeley, nos EUA, publicou os resultados de uma experiência que sugere as vantagens do comportamento altruísta na espécie humana. Outro estudo, virado para o funcionamento do cérebro, encontrou indícios que apontam para a existência de um gene que promove a empatia.

"As nossas crias são muito vulneráveis, por isso uma das tarefas fundamentais da sobrevivência humana e reprodução genética é tomar conta dos outros. Os seres humanos sobreviveram como espécie porque evoluiu a sua capacidade de tratar daqueles que precisavam e de cooperar. Como Darwin uma vez disse, a simpatia é o nosso instinto mais forte", afirmou Dacher Keltner, citado pela publicação online Science Daily. Keltner dirige um instituto de Berkeley que estuda a questão e é autor de um livro influente que defende a "bondade" natural do ser humano.

Um sociólogo de Berkeley, Robb Willer, acaba de publicar os resultados de uma experiência baseada em vários jogos complexos onde foi possível perceber que a generosidade dos jogadores era compensada com mais respeito dos outros jogadores, maior influência no grupo e maior número de presentes. Segundo Willer, os cientistas terão de responder muito menos à questão do porquê das pessoas serem generosas e muito mais a outra, porque são egoístas, pois este comportamento parece à partida não ter tantas vantagens.

Também começam a crescer os indícios de que a empatia implica predisposição genética. Um estudo de Laura Saslow e de Sarina Rodrigues (respectivamente de Berkeley e Oregon) concluiu que uma variação do gene receptor da hormona oxitocina (que estimula o comportamento social e o amor) torna as pessoas mais hábeis na interpretação do estado emocional dos outros humanos.

Estes são dois exemplos de um campo em expansão e que podia estar muito mais implantado se a biologia não se tivesse orientado, durante décadas, para a investigação da selecção natural dos mais aptos e para a competição.

Num artigo de Fevereiro, publicado em Psychology Today, Dacher Keltner lembrava que o conceito de "sobrevivência dos mais aptos" nem sequer é de Darwin, mas resulta da adopção das ideias de Herbert Spencer e dos darwinistas sociais do século XIX. Num dos seus livros, A Origem do Homem, Charles Darwin defendeu que os instintos maternais e sociais eram os mais poderosos.

Fonte: http://dn.sapo.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1443174
Manifesto ou não

Pela tradução, é cada vez mais sabido, as línguas convertem-se todas umas nas outras,esta conversão acontecendo com todas as demais coisas e seres.
Já o não manifesto é intemporal, infinito, eterno, e, o manifesto tem princípio e fim (Krishnamurti). Mas, não somos todos\tudo manifestados e não manifestados que se vão manifestando? Não há sempre uma parte nossa manifesta e outra por manifestar, que se vai manifestando ou não?

Wednesday, 9 December 2009

UM(a) SÓ

O conflito deriva da limitação, do limte (J. Krishnamurti), mas, a vida é tensão entre limites.
Porque envelhecemos?
Quando temos menos de 12 anos queremos ser mais velhos para fazer certas coisas que leis da natureza não deixam, mas que os mais velhos fazem; dos 12 aos 18 anos queremos ser mais velhos para fazer certas coisas que leis dos homens não deixam fazer mas que os amis velhos fazem; e, quando já temos uma certa idade começamos no mínimo a pensar na possibilidade de envelhecermos mais lentamente. E, em todas as idades se pensa no aumento da longevidade, não só pelo acréscimo da saúde como da redução dos acidentes.
O que é natural e o que é artificial? Em última análise o homem não pode contrariar a natureza, não é verdade? E, o que era a natureza sem o homem?
Está mesmo, como parece estar, o universo, a matéria e os seres vivos em expansão? E, já houve muitas dessas longuíssimas expansões, seguindo-se-lhes as respectivas contrações, e recomeçando tudo de novo (éons)?
Que é o pensamento sem o não-pensamento?
A ciência, a tecnologia são o pensamento em acção para a comida, a comunicação, o abrigo, o vestuário, o transporte, a ferramenta, a preservação, o crescimento, o bem estar...
Se inicialmente o universo é só um pontozinho, sugerir que Deus cria tal ponto ou muitos pontos, tanto faz, e não está neles não faz sentido, pois não? Pois, não são por toda a parte criador e criação, pensador e pensamento, calado e silêncio... Um(a) só?
Quantas dores não se evitavam se em nada separássemos de facto tudo o que unido está!
Compromissos impedem a criatividade e a liberdade, o que não quer dizer que devemos ser contra todos os compromissos.
O objectivo da vida é realizar, criar, ajudar à criação, não acumular, não tomar partido (se isto tiver de ser feito tem de ser muito bem fundamentado). Oposição somente pela oposição não é bom. Já o mesmo não acontece com a crítica, se for leal, justa e verdadeira, com o desejo de descobrir, esclarecer, tirar dúvidas.
E, não é impressionante a violência, o egoísmo e a ignorância que continuam grassando no mundo?

Monday, 7 December 2009

Mais ensinos de Krishnamurti

Se "queremos" conhecer tudo
não podemos ter direcção nem motivo,
temos de viajar para todo o lado, não
só para alguns lados. Não ter motivo
é não andar por prazer ou dor,
recompensa ou castigo. O motivo
é o centro, o "eu".
A beleza não está nem na forma nem
na proporção; nem nos olhos nem
no que é visto; nem no estilo nem
nem na grandeza nem na expressão sequer:
a beleza está quando o "eu" não está.
Não nos constranjamos: observemos a nossa
irritação, a nossa avidez, as nossas
exigências sexuais... Mas sem o passado,
sem escolha. Deixemos essas coisas florescer,
pois, logo murcham e desaparecem.
A mente que procura experiências,
que implicam re-conhecimento, também está só vivendo
no passado e é incapaz de compreender
e viver algo completamente novo e original.
Já alguma vez experimentámos abandonar,
de um momento para o outro, uma coisa que nos dá muito prazer?
Budistas dizem que o problema dos animais é a ignorância, e, Krishnamurti diz que do amor nascem a inteligência e a acção. Logo... Se amarmos mais os animais e os buçais, estes ficam mais inteligentes.
Verdadeiro, ou falso?

É observando, ouvindo, cheirando,
saboreando, tocando... Com toda a atenção,
sem reagir, ou, ouvindo, tomando
nota das nossas reações também mui atentamente,
que compreendemos inteiramente
os factos e nos apercebemos
da sua verdade
ou falsidade.
PAZ

Estive a re-ver
a guerra de Tróia:
venceu a tramóia,
calcanhar ficou-me a doer!

Futebol é só um jogo,
nunca uma guerra:
haja paz na terra,
também entre mãe e Diogo.

De concreto habitamos
nos pais antes de nascermos,
estamos nos filhos depois de morrermos,
e vivemos sempre, se amamos.

Vou comer sopa, queijo e pão:
hoje não vou ajudar
a javali destruidor matar:
também lhe dou perdão.

Sunday, 6 December 2009

Intocado... Pelo pensamento

É observando, ouvindo, cheirando,
saboreando, tocando... Com toda a atenção,
sem reagir, ou, ouvindo, tomando
nota das nossas reações também mui atentamente,
que compreendemos inteiramente
os factos e nos apercebemos
da sua verdade
ou falsidade.

Àquele bebezinho
meio abandonado,
até Morte teria desejado
bem: morte também gosta de carinho.

Somos todos namorados,
irmãos, maridos, mulheres, patrões
uns dos outros. E, se me vais,
te vou olhar fixamente são próximas relações.

Vendo tudo, todos sempre como novo,
velho cessa. Mas, porque não tem todo
a mesma idade/aspecto? Para não haver monotonia,
talvez. Ou por causa da riqueza da diversidade´
una e da felicidade, digo.

Meditar vem de medir,
e, medir é competir,
construir e destruir.
E meditação é compreensão
disto, e da medição
psicológica (mais, melhor...) a cessação.

Pensamento é material
e limitado,
mesmo no ilimitado
pensamento.
Mas, pensamento suspenso
pela necessidade de descobrir o imenso
infinito, é o intemporal, a energia, Deus,
o novo, o intocado, o sagrado,
a compaixão, o amor por todos os seres.
Uma só solução

Uma sem o outro
não faz sentido:
logo sentido
não faz sexo evitar, não.

Renata, Elias,
Nordeste, Coelho,
universal, fedelho,
Brasil, Golias...

Um só caminho,
uma só solução:
amor para com irmão
e estrangeiro, carinho.

Uma só solução:
perdoar toda má acção,
toda má intenção,
que pode vir até de irmão,
mãe, paizão...

Saturday, 5 December 2009

O Indizível

Não sei,
sinceramente que não sei,
mais do que você.
Quer dizer, sei
tanto como tu:
não vou pois a ti
nem tu vens a mim
por insegurança.
Podemos pois caminhar
juntos ou sós,
com amizade, com amor,
livres, sem luta.
Compreendemos?
E, a porta se abre, não é?
A porta do Indizível!
Pois é: a carroça, o carro,
o avião supersónico, a vida,
a morte...
E, até o tempo físico
vai encurtando, cessando,
quanto mais o psicológico,
(intemporal total!...)
o primeiro mediando
entre dois pontos físicos
e o segundo entre
o pensamento e a acção.
E, nunca mais logo ou amanhã, mas Agora!
Mais uma vez muito bom, amigo Paulo Coelho, e, sem necessidade de comentários.
De qualquer modo, e porque vida é relação e união, ainda acrescentaria: e não é que virtude, excesso de zelo, por exemplo, ou espiritualismo, desprezo do bem dos sentidos de Deus e da natureza, pode ser tão mau como o vício?
Ainda que cada um deva saber de si, claro.
Mas, ajudando-nos uns aos outros, suponho.
E será como números, letras, desenhos… Os quais, para bem compreendermos não podemos considerar separada e isoladamente uns dos outros, e, muito menos da Realidade que muitas vezes tão palidamente conseguem representar.

Fonte:http://colunas.g1.com.br/paulocoelho/

Friday, 4 December 2009

Observar

Observar
não é ponderar
nem reflectir,
mas, olhar, ver,
perceber claramente.
E também é escutar, tocar,
cheirar, saborear
seja o que quer que for,
um rouxinol, uma flor,
um nascer do sol, um fruto,
um gato, um muro...
Sem palavras internas
nem externas,
com mente completamente
atenta e em silêncio,
sem "eu", sem tempo,
sem espaço a separarem
observado e observador...
Sem imagens, ideias prévias
do observado, como sendo
sempre a primeira vez a observar,
silenciosamente,
com amor,
com afeição,
sem conflitos,
sem nenhum pensamento,
com sentimento!...
O Inominável!

Nação? Exaltação
do tribalismo,
isolamento, não
é? Como o feminismo,
o machismo,
de resto todo o "ismo":
conflito, separação,
ao invés da bendita união.
Não apego a crença,
organização, ideia, conclusão
é a relação
da liberdade, da igualdade,
do amor, da compaixão
por todos os seres!
Só podemos investigar,
observar o sagrado,
o não criado, tocado
pela mente, o inominável,
o indescritível, o sublime,
totalmente libertos de apegos
e preconceitos, ainda responsáveis,
com mente completamente serena,
quieta, o que não quer dizer
sem pensar... Se rejeitarmos
todo o "eu", com todas as suas
mesquinhices e conflitos. Então
talvez o eterno, o sempre novo
se nos revele!
Mente aquietada pela compreensão,
sem repressão:
silêncio, meditação,
inteligência,
profunda percepção
do Uno,
da Verdade absoluta,
da livre Ordem!
Mentes:
somos Um com o Imaculado,
com o Sagrado,
com o Real,
não com o fruto
da nossa pequenina projecção,
ilusão!
Todo o nosso ser
deve aprender e experienciar
sem muito desejar...
Pois, não é o desejo
a essência da ilusão
que tanto pode fazer sofrer?

Thursday, 3 December 2009

UNIÃO total

Todas as nossas acções e omissões são interdependentes entre si e com a natureza, o ambiente. E, o desejo é a base da ilusão.
Parecendo óbvio que a mensagem de Krishnamurti hoje só pode ser no sentido de desaparecerem todas as divisões, não só no nível interno, psicológico, como também no nível externo, físico e tecnológico.
Interior e exterior

A essência do progresso e da evolução tecnológia é seguramente a mente, as mãos, a medida, o cálculo... agindo exteriormente. Mas, é efectivamente muito duvidoso, recordando J. Krishnamurti, que no nosso interior devamos funcionar do mesmo modo.
De facto, que temos ganho com competições, ambições, comparações, classificações e escolhas internas exacerbadas que só dão em conflitos e sofrimentos internos e externos?

Tuesday, 1 December 2009

Paulo Coelho e eu


/ blogs e colunas / Paulo Coelho


Sobre a reencarnação

Quando as pessoas pensam em reencarnação, elas sempre se defrontam com uma pergunta muito difícil: se no começo existiam tão poucos seres humanos sobre a face da Terra, e hoje existem tantos, de onde vieram essas novas almas?

“A resposta é simples”, disse o mestre. “Em certas reencarnações, nós nos dividimos. Assim como os cristais e as estrelas, assim como as células e as plantas, também nossas almas se dividem”.

“A nossa alma se transforma em duas, estas novas almas se transformam em outras duas, e assim, em algumas gerações, estamos espalhados por boa parte da Terra”.

“Fazemos parte do que os alquimistas chamam de ‘Anima Mundi’, a ‘Alma Mundi’, a ‘Alma do Mundo’”, e continuou: “Na verdade, se a ‘Anima Mundi’ fosse apenas se dividir, ela estaria crescendo, mas também ficando cada vez mais fraca. Por isso, assim como nos dividimos, também nos reencontramos. E este reencontro chama-se Amor. Porque quando uma alma se divide, ela sempre se divide numa parte masculina e numa parte feminina”.

“Assim está explicado no livro do Gênesis: a alma de Adão dividiu-se, e Eva nasceu de dentro dele”.

Fonte: (http://colunas.g1.com.br/paulocoelho/2009/12/01/sobre-a-reencarnacao/comment-page-3/#comment-79618), ou ainda: http://g1.globo.com/

Minha participação de hoje:

É muito bom saber e praticar… Com toda a atenção e prudência.
E, vamos crescendo e vamos aprendendo, se estamos para aí virados…
Não é fascinante como a ideia de “princípio” e espaço, por exemplo, tem evoluído? Com Moisés, Newton, Einstein, Darwin,
“No princípio criou Deus os céus e a terra”. Mas, se Deus está nos céus e na terra e no homem e nos anjos e em todos os animais e seres, possivelmente não houve princípio, como poderá não haver fim! Sendo então o mais sábio o que vive nascendo e morrendo a cada momento!
E, é neste ponto que “big bangs” e CERN me preocupam, não desistem de simular o “big bang”, que quase de certeza nunca existiu (mas, os “little bangs” existem e são as bombas atómicas!!!)
E, no entanto eu adoro Física.
E, é um pouco o mesmo com as almas gémeas, as quais convém não ignorarmos, parecendo haver neste seu texto, P. C., algo novo para mim sobre o assunto. De qualquer modo, querer mesmo compreender obstinada e intelectualmente tudo não é o caminho, diz Krishnamurti, e em minha opinião sublimemente. Sendo até talvez possível a não existência de almas sem corpos. K. diria: porquê fazer um cavalo de batalha de uma coisa, neste caso reencarnação, que pode ser verdade ou não? O que faz todo o sentido, pois isso é crença(e não me venham com a ciência, cheia de dogmas e crenças também), que só divisões e males faz.
Seja como for, e há muitos livros para ajuda ao encontro da alma gémea, uns dizendo só haver uma alma gémea outros mais do que uma; uns afirmando que a(s) podemos encontrar na presente vida, outros que não; uns sugerindo a deixa da alma não gémea para ajuntamento com a gémea (isto pode fazer muitos danos, em particular às crianças), outros aconselhando só em espírito, até para melhorar um casamento em mau estado… Sendo alma gémea, claro, um idêntico que completamos, nos completa e potencia perfeitamente, mas do outro sexo – versão “dura “de alma gémea.
Muitas dores, mesmo físicas, não só psicológicas,
desaparecem à maneira de Krishnamurti: quando deixamos
de ver a dor como uma coisa separada de nós, como sendo nós próprios
essa dor, embora por vezes tenhamos que "dar umas voltas" antes, certamente pela nossa complexidade desnecessária, diria J. K., ou beber alguma água, ou evacuar (é trágico que sanitas não permitam o evacuar natural, mas que se pode sempre simular antes do acto...) essa dor desaparece mesmo.
E logo perguntamos, não é: e o que acontece com o prazer, o prazer de Deus, por exemplo, quando também o vemos não separado de nós, mas sendo nós mesmos esse prazer? Desaparece também? Possivelmente sim.
E, lembro K., "cuidado com a crença, porque leva a aceitar como verdadeiro algo que pode não ter realidade".
E, digo, após conversa com duas "amigas": cuidado, para o bem e para o mal, com o que vemos, que nunca é tudo o que é! E, como pode ser, se temos mais quatro sentidos e alguns tão pouco desenvolvidos: lembremo-nos, por ora, só dos cães que cheiram e ouvem muito melhor do que nós.
Por outro lado, J.D., se "o universo está numa ordem total", como pode "a mente humana estar em desordem"?
Por outro lado ainda, também me parece que concentração e atenção se completam, não se podem excluir: temos de ambas praticar. Mas compreendo muito bem a exaltação que fazes da atenção, J.,por só termos andado, e não só no odidente, pelos vistos a ver o bem da concentração e não o da atenção!
Ah,e termino com esta citação, absolutamente incrível de Krishnamurti (mas ele tem tantas!!): "Quanto mais sofisticada é a nossa instrução, quanto mais civilizados nos tornamos - civilizados no sentido de mais afastados da natureza - mais desumanizados vamos ficando".
Já sobre a mente completa, universal, una e diversa ser a mente verdadeiramente religiosa... Depois dos males muitos denunciados das religiões, Jiddu!...