Saturday, 19 December 2009

SOBRE O AMOR

Há muito pensamento, muita possessividade,
muito sentimentalismo e emoção,muito arrependimento,
muita devoção e muita oração no mundo...
E, tão pouco Amor...
Possuir não é amar: possuir só leva ao ciúme
e ao ódio.
Perdoar também pode não ser amar,
se for só para perdoador superior se considerar.
Sentimentalismo, emoção, choro
também nascem do pensamento, nada têm a ver com o Amor,
são mera expressão e expansão, e, quando
não têm saída transformam-se outrossim em crueldade
para com outros ou os próprios.
Do mesmo modo, não há Amor na devoção, na prece
destinadas a adquirir, a possuir,
ao sentimentalismo, à emoção.
Só conhecemos o AMOR quando todas estas coisas cessam.
E, não podemos pensar o AMOR, ou cultivá-LO
e praticá-LO: isso ainda é Mente, que é zanga e ódio: o AMOR
só acontece quando a mente termina!
AMOR é respeito por inferiores e superiores,
afortunados e desafortunados;
AMOR é afecto, ternura, compaixão, misericórdia,
solidariedade, fraternidade.
Se amamos só que seja uma flor, um animalzito,
podemos amar todo o mundo!
Já o inverso é falso.
Tanto falso amor e tão pouco Amor verdadeiro!
E, só o amor sem condição é verdadeiro amor;
só o amor incondicional beneficia realmente:
há seres tão carenciados que só o amor sem condição
pode melhorar a sua condição!
Quando AMAMOS deveras, não há bons nem maus,
nem muitos nem poucos: SÓ HÁ AMOR, AMOR!
Que não é um hábito.

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