Tuesday, 14 April 2009

QUIPROQUÓ

O prazer
"Quando o prazer se instala, ele faz festas e massagens e acaricia e beija a cada momento da sua existência. Pinta de de todas as cores e tons quaisquer relações com os mundos exteriores e interiores, e, é como um jacto, eliminando ou mantendo as distâncias. «Prazer que me invade por todos os lados, na minha visão, sensações, juízos. É uma impregnação», refere Maria dos Prazeres, no seu diário. «No meu saudável e forte corpo, alimentado pelo trigo, o leite, o queijo, a fruta, a soja, o cabrito, o vinho, os doces, a cachaça e o descanso, o prazer ecoa como a voz de uma diva num palácio com os mais ricos móveis, quadros, plasmas, tapetes, saunas, jardins e piscinas». O prazer coloca a pessoa no céu, une-a às suas actividades, até às que menos gosta. Ao ganhar toda a confiança no seu corpo, alma e mente, o indivíduo também a ganha em relação a Deus, a si e ao mundo."
A dor
"Quando a dor se instala, ela dá alfinetadas a cada momento da sua existência. Colora qualquer relação com o mundo exterior e interpõe-se como um ecrã, mantendo as distâncias. «Dor que me invade por todos o os lados, na minha visão, sensações, juízos; é uma infiltração», refere Alphonse Daudet no seu diário. «Na minha pobre carcaça cavada e esvaziada pela anemia, a dor ecoa como uma voz num alojamento sem móveis nem tapeçarias. Dias, longos dias, onde já não há nada de vivo em mim a não sofrer...
"In: "Compreender a dor", de D. Le Breton, da estreapolar

No comments:

Post a Comment