SEM MEDO
Medo, o movimento
Do certo p’ró incerto,
A preocupação pensamento:
A possível repetição daquele mau suposto certo...
É que te faz o medo.
O pensamento
é responsável pelo medo,
não é Humberto?
Quando nos vemos directamente,
sem mente,
na Presença da coisa, ser
ou gente
não há medo: vivente
de maneira total no presente
é corajoso,
o que é bem vantajoso!
Usemos pois memória e mente
sem criar nem medo, nem tempo,
nem barreiras, nem velho, nem novo, nem andrajoso.
Pensamento é reacção
da memória: há que parar,
se medo e dor querem entrar!
Não temamos os nossos temores,
nem os nossos amores,
mesmo os mais profundos,
de outros mundos.
Nada de fragmentar,
de dividir:
unir
é urgente e preciso, e também estar
quieto, calado,
não ralado, antes de bem agir.
Nem coragem, nem medo,
nem prazer, nem dor,
mas, uma pacificação
infinita, um gozo
sobrenatural e natural.
Amar a dor, o medo
e o prazer, o belo e o bestial!
Não separemos vivo de morto,
nem coragem de medo, nem
bom de mau, nem
nada de nada!
Não gastemos mais energia
do que a que temos,
nem acumulemos se não gastamos.
Momento a momento é que é,
sem futuro nem passado.
Só o Presente eterno!
Percebamos que somos o medo
e desaparece o medo!
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